O jornalista Merval Pereira, presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), já deu a primeira missão à nova integrante da casa: a historiadora Lília Katri Moritz Schwarcz, eleita nessa quinta (07/03), com 24 votos contra 12 de Edgard Telles Ribeiro, na ex-cadeira de Alberto da Costa e Silva (1931-2023), a quem ela amava e admirava – eram amigos.
Lília vai ficar à frente da iconografia de Machado de Assis – ou seja, o percurso visual de sua vida e obra, reunião de imagens relativas ao escritor feita até hoje -, que começou a ser produzida pelo também acadêmico e historiador José Murilo de Carvalho (1939-2023), cuja vaga foi preenchida pelo indígena Ailton Krenak.
Depois da votação na sede da ABL, no Centro, vários colegas, alguns deles novos-amigos-de-infância, foram comemorar no apartamento da artista plástica Adriana Varejão e do produtor de cinema Pedro Buarque de Hollanda, na Avenida Atlântica. O casal tem relação estreita com os ocupantes da ABL: a escritora Heloísa Buarque de Hollanda, mãe de Pedro, também comemorou sua vitória no mesmo endereço, de frente para o mar de Copacabana. Schwarcz elogiou tudo, a gente sabe: existe lugar mais bonito no mundo do que o Rio visto de cima? A vista e os acontecimentos do dia devem ser boas memórias para a homenageada. E foram algumas horas ali, no vaivém da grande intelectualidade carioca.