Fernanda Abreu, que completou 60 anos este mês (08/09) — sim, 60, com aquele corpinho de 30 —, tem muitas razões para comemorar. No primeiro dia de pandemia, quando o Rio fechou, ela teve que dispensar a energia do público e gravar o DVD “Amor Geral — a Live”, no Imperator, no Méier. Desde então, tem lançado novidades nos streamings; nesta quinta (16/09), é a vez de disparar o disco de remixes “Fernanda Abreu: 30 anos de baile”, com capa assinada pelo diretor de arte Luiz Stein, seu ex-marido, com versões de suas músicas feitas por 15 DJ, além da participação dos rappers Emicida e Projota. “É uma celebração da cena do baile, da festa e especialmente dos DJs, que sempre estiveram próximos desde o meu primeiro disco (“SLA Radical Dance Disco Club”, de 1990). Queria ter lançado antes, mas a pandemia deu uma piorada e achei que não era o clima. Agora, a galera com noção tem usado máscara no teatro, shows. Acho que é um bom momento para comemorar este novo perfil da pandemia”, diz.
Esta semana, Fernanda fez uma visita ao secretário municipal de Cultura Marcus Faustini e conversaram sobre a retomada da cultura na cidade e também do recém-lançado “Zonas de Cultura”, que vai direcionar R$ 1,5 milhão para Madureira. “O bairro é o berço da cultura negra no Rio, com o samba representado fortemente pelas escolas de samba Portela e Império Serrano, o Jongo, os Bailes de Charme no Portelão, e no clássico Viaduto de Madureira, o Mercadão de Madureira, o Parque de Madureira… A minha relação com o bairro se dá através da música e da dança e pela minha admiração pela cultura negra”, diz Fernanda à coluna, que pretende levar pra lá a edição da festa “Amor Geral”.