
André Carvalhal /Foto: Reprodução
Você já experimentou o novo movimento na moda? “Consumo consciente” é a expressão do momento, e quem a experimenta garante viver uma sensação muito especial. Diminuindo o consumo, abrindo espaço no seu armário, manda-se um recado importante para a Indústria da Moda: não queremos mais essa produção industrial de roupas que destroem o Planeta.
Afinal, tudo que compramos vem e volta para o Planeta. A primeira estilista que eu me lembro ter visto vendendo essa ideia foi Vivienne Westwood, um dos nomes fundamentais da cultura punk. Ela entrou no final do seu desfile, no ano passado, usando uma camiseta escrito “Buy less” (compre menos). “É a melhor coisa que eu já disse para salvar o Planeta e a nós mesmos”, afirmou ela à época, moderna e coerente, simplesmente maravilhosa!

Vivienne Westwood, na coleção lançada no ano passado /Foto: Reprodução
Tem muita gente legal que vive e respira moda, espalhando sustentabilidade por aí. Outro dia, chegou um convite pelo WhatsApp de quatro amigas que se juntaram para “O Torra Torra das amigas”. Foi assim que Julia Monteiro de Carvalho, Fabiola Cabral, Nathalia Medeiros e Roberta Palhares chamaram a venda de roupas seminovas que não faziam mais aquele sucesso no closet das meninas superestilosas, e que elas, então, resolveram desapegar.
Eu também já tive meu momento desapego. Criei uma conta no Instagram com objetos de casa e roupas que já não me serviam mais; acredito que esse seja o comércio do futuro que já começou. Foi no mínimo muito divertido, mas, com certeza, o prazer de conseguir prolongar a vida útil desses objetos foi o maior incentivo.

A estilista carioca Yamê Reis, fundadora do Rio Ethical Fashion /Foto: Reprodução
A estilista carioca Yamê Reis, fundadora do recente Rio Ethical Fashion (fórum internacional de moda ética e sustentável), André Carvalhal, escritor e diretor criativo da Ahlma, Chiara Gadaleta, especialista em sustentabilidade e consumo consciente, Oskar Metsavaht, fundador da Osklen e presidente do Instituto-E, um dos pioneiros no País a usar materiais sustentáveis, são apenas alguns exemplos de “gente fina, elegante e sincera” que anda espalhando sustentabilidade no eixo Rio-SP. Afinal, não adianta só reclamar da realidade em que vivemos — é preciso agir para transformar.