Não faz muito tempo falamos sobre o assunto. O tema expandiu e virou moda entre os alto executivos de todo o mundo, assim como as micro doses de LSD e outras substâncias — pano pra manga e muito assunto para um próximo artigo.
No primeiro capítulo do meu livro “Você pode ser mais feliz comendo” esclareço que o jejum não é, em absoluto, nenhuma novidade. O jejum e as lavagens intestinais constam no Evangelho e fazem parte de algumas práticas espirituais, como a medicina aiurvédica e o judaísmo. Já comentei algumas vezes, a atividade que mais “rouba” energia do nosso corpo é a digestão, portanto, é provável que a necessidade de dormir muitas horas diminua e a disposição aumente consideravelmente.
O médico Marcio Bontempo, em seu livro “Um Manual da Medicina Integral”, aponta infinitas vantagens como a purificação do sangue, contribuição positiva no desempenho celular e glandular, limpeza de toxinas e eliminação de células deterioradas.
Como já falamos oportunamente no artigo recente aqui na coluna, é importante dar descanso para o corpo. Ninguém aguenta trabalhar 24 horas por dia, porque seus órgãos seriam uma exceção? Para quem já percebeu a eficiência da meditação e está em busca de autoconhecimento através da espiritualidade, é uma ótima ferramenta para a elevação espiritual.
Desde o famoso best seller (New York Times) “The Fast Diet”, de Michael Mosley e Miki Spencer, e a democratização da informação (não necessariamente de qualidade) através das mídias sociais, o interesse no assunto deu um salto.
Profissionais passaram a sugerir com mais frequência a seus pacientes e muitos começaram a perceber a tal redução da necessidade de muitas horas de sono para se sentir descansado e a positiva influência no aumento de energia (ou menor desperdício da mesma). Sem mencionar que é mais que comprovado — caso queira se aprofundar sugiro pesquisar o que o cientista japonês prêmio nobel de 2016 disse a respeito — a influência na regeneração das células e cura do corpo.
Na Região de Silicon Valley virou mania entre os empresários. Jack Dorsey, co-fundador e CEO do Twitter, declarou não ingerir alimentos durante 22 horas do seu dia, apenas entre seis e oito e meia da noite e, muitas vezes, nem come. Vale dizer que os bilionários estão “injetando” sangue de jovens em suas veias (dizem muitos que o roqueiro Keith Richards faz algo semelhante há anos — deve funcionar!), Cryo Chambers (a técnica de baixas temperaturas, como fazem alguns esportistas para recuperar os músculos mais rápido), e estão substituindo refeições por shakes — é melhor irmos nos acostumando mesmo, pois, com o andar da carruagem e o triste estado do planeta, parece que não vão sobrar muitas alternativas!
O “novo” fenômeno foi apelidado de biohacking. Oi?
Enfim, eu sou mega a favor dos shakes, isto é, batidos! Desde que você mastigue os goles antes de engolir (isso mesmo! Explico no meu livro) e que sejam livres de maltodextrina, produtos derivados de soja e proteína animal, óleos de qualidade duvidosa, produtos químicos que podem sobrecarregar o fígado , os rins e todos os demais órgãos, pois, como organismo que somos, está tudo conectado e um vai causando danos ao outro.
Entretanto, contudo, todavia, devo dizer que mais vale uma água de qualidade com um ótimo limão orgânico espremido durante um dia inteiro que ingerir “tranqueiras” sem cessar.
Seu corpo não entende o que não é alimento para ele e, com sorte, ele elimina. Na maioria dos casos rouba sua disposição para processar o que colocou “pra dentro”. Percebe o que você comeu como ameaça e tenta se proteger investindo suas defesas imunológicas nesse processo. Como isso ainda não é ensinado nos colégios?
Viver de luz? Ainda não estou preparada. Jejum intermitente? Tô dentro!