
Tela “Adoração do Menino Jesus”, de autor desconhecido, do século XVII: entre os quadros de procedência e valor reconhecidos pela pesquisa da equipe técnica do Museu Nacional de Belas Artes / Foto: divulgação
Quadros de autoria não identificada, do acervo do Museu Nacional de Belas Artes, começam a ter sua importância reconhecida, através do trabalho do técnico Anaildo Baraçal. Ele identificou a coleção Grondona, que vai ser mostrada ao público a partir desta terça (16/05), com a exposição “Esquecimentos e lembranças: a coleção Grondona e a pintura genovesa”. José Estevão Grondona foi um genovês que chegou ao Rio no século XIX, como comerciante, e vendeu para a Coroa 11 telas. Descendente de uma família de nobres e pintores da Itália, ele se tornou restaurador e conservador do Museu Nacional, mas com sua atuação como jornalista de oposição – um texto seu levou ao fechamento da Assembleia Constituinte de 1823 – foi obrigado a sair do Brasil e se refugiou em Buenos Aires.
A maior parte das telas da mostra foi produzida no século 17. São 25 quadros e um gesso, mais reproduções de documentos do Arquivo Histórico do Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, da Biblioteca Nacional, do Arquivo Nacional e do Center for Research Libraries, com sede em Chicago (EUA), comprovando a origem das peças de arte. O trabalho da equipe de Baraçal está só começando.