“A fé move montanhas”. Disso temos certeza; até mesmo os agnósticos, ateus ou céticos não conseguem explicar ou negar a força da fé em nossa vida. O fenômeno que acontece em nosso cérebro, em função da esperança que a fé nos proporciona, é motivo de vários estudos científicos que, até hoje, geram perplexidade.
Nossa casa, nosso universo particular, abriga valores e também nossos hábitos. Para muitos, rezar, meditar e se conectar com essa força interior fazem parte do cotidiano — uma rotina tão importante quanto trabalhar, fazer esportes ou outra atividade diária.
Atos prosaicos não estão nessa categoria, pois o momento de se conectar requer paz, conforto e aconchego; pode ser uma ação solitária ou em conjunto. Existem pessoas que criam um espaço especial para isso ou simplesmente usam um lugar da casa onde existe maior privacidade. Nesses momentos, é importante sentir-se à vontade, protegido e com total intimidade.
Não importa qual a sua religião, que afeto, amor e gratidão estão envolvidos quando estamos rezando ou meditando. O importante é conectar-se a essa força maior que se chama fé e ter em casa ambientes ou apenas um espaço que inspire e motive essa prática.
Colocar imagens, como obras de arte, oratórios ou simples esculturas feitas de materiais básicos, faz parte da personalidade de uma casa — os detalhes representam sensibilidade, elegância e particularidade.
Perguntei a algumas pessoas “Como elas vivem a religião em suas casas”. Todos responderam um denominador comum: usam a fé para o que existe de melhor — agradecer, ajudar e ter compaixão com o próximo. Cada um em seu estilo de vida, mas todos buscando um bem comum, a solidariedade.
Gisela Rudge: a empresária tem uma conta no Instagram inteiramente voltada para a religião. “Na minha casa, coloco imagens junto aos porta-retratos das pessoas da minha família. Lá estão todos que enchem meu coração de amor e afeto. Rezo e peço proteção e bênçãos para minha família e amigos — um hábito diário que me faz sempre muito bem”.
Glória Severiano Ribeiro: “A religiosidade e a fé católica chegaram de forma lúdica, leve e natural. Foi cantando, acompanhada do violão da minha mãe (Maricy Trussardi), que aprendi a força da fé e a compaixão”, diz ela, que ajuda várias creches e tem inúmeras obras sociais ao lado da irmã, Clara Magalhães, outra ativista nesse setor. No seu quarto tem um local para rezar com imagens queridas que lembram e inspiram a sua fé. E é pela manhã que ela recarrega suas energias, rezando e entregando o seu dia a Deus. Sem agenda, ela planeja, mas cada dia é movido pela fé, esperança, família grande e muitos amigos.
Lucia Guanabara (empresária): ela decidiu fazer Meditação Transcendental há três anos, por indicação do filho, Michel. “Esse hábito diário me trouxe uma mudança de vida e de energia incrível, que me conecta com meu interior, me deixa centrada, relaxada, focada e é o meu momento no dia. Dali sigo em frente. Tenho um cantinho na minha casa que é o meu altar, com tudo que recebi de amigos: imagens de Nossa Senhora de Fátima, São Miguel Arcanjo, Santa Bárbara, Iemanjá, Oxum, Buda, Ganesha, além de incenso, velas, tudo junto e misturado. É um altar particular que não segue nenhuma religião específica. Medito, entrego-me ao Universo no meu cantinho de conexão de amor. Namastê”.
Maria Pia Trussardi (filantropa): “Meu altar está no jardim da minha casa, num lago entre peixes e árvores. Ali rezo e agradeço ao entrar e ao sair de casa. Para mim, natureza e religião se fundem”.
Paula Lavigne (empresária e produtora): ela não tem o hábito de rezar, mas está sempre envolvida em alguma causa social. “Rezar é estar em paz, feliz junto à natureza e sempre agradecer todas as coisas maravilhosas que a vida nos dá”.
Rodrigo Trussardi: o empresário mora em São Paulo. Dono da marca Super Suite Seventy Seven, é outro integrante da mesma família de Glória Severiano Ribeiro, generosa e cheia de fé. Para Rodrigo, “rezar é em todo lugar e todo dia. Gosto, principalmente, de agradecer quando estou diante da natureza e toda a sua beleza. É onde me sinto mais conectado a Deus!”.