Assim que nascemos experimentamos o nosso primeiro espaço, um berço, uma pequena cama ou dividindo o colchão com os pais nos primeiros dias. A sensação que nos causou essa experiência nos acompanha a vida toda. A vivência do espaço é muito mais importante do que imaginamos. Um espaço que transmite a sensação de proteção e acolhimento cura muitas ansiedades que provocam o mal-estar do homem contemporâneo.
É trabalho constante do arquiteto trazer para o projeto essa identificação. Quando se trata de espaços personalizados e pessoais, essa tarefa, apesar de sensível e sútil, é muito mais fácil. Mas quando o projeto é direcionado para um grupo de pessoas o trabalho é muito menos específico, ainda assim deve causar a sensação de acolhimento. Nem todos tiveram as primeiras experiências positivas, mas através de espaços exclusivamente voltados para essas sensações de conforto e bem-estar, os resultados resultados são incríveis na vida dos usuários.
Existem formas técnicas e mecanismos milenares usados nas construções voltados para suavizar e acolher o usuário e a própria construção no meio ambiente. Alguns exemplos dessas técnicas:
– Feng Shui: de origem chinesa sua tradução literal é vento e água. Existe há mais de cinco mil anos e utiliza os princípios que regem a natureza, posição do sol e cores para trazer bem-estar, equilibrar e organizar a vida de quem usa o espaço;
– Cromoterapia: as cores têm uma forte influência na nossa vida além da personalidade. Cada cor tem uma função de equilibrar a saúde física e mental. A utilização das cores como um tratamento para curar através dos tons e seus significados;
– Proporção áurea (ou número de ouro): na matemática uma constante algébrica, mas na arquitetura uma medida encontrada na natureza nas pinturas de Leonardo da Vinci. Essa medida é útil para equilibrar a proporção e a beleza de tudo. Essas são umas das inúmeras maneiras de fazer um espaço ser importante para o seu bem-estar. Quando um espaço acolhe amorosamente ele cura e transforma vidas.