A arte sempre exerceu importante missão em nossa vida e moradia. Primitivamente, para marcar a propriedade de um local, era costume pintar as paredes das cavernas. Com a evolução, procurou-se retratar a família, os feitos e tudo que era considerado importante, seja na mitologia, seja na religião etc. Hoje, a arte, cada vez mais abstrata, metafórica e divertida, nos representa ainda mais. Aquilo que nos emociona é o que nos representa; portanto, temos a liberdade de ter em casa tudo aquilo de que gostamos.
A arte também apresenta tendência, moda e mercado, mas esse universo é muito mais livre, fácil e leve. Um curador pode mostrar aquilo que é mais vendido, novos e promissores artistas, no entanto, geralmente, o olhar do comprador raramente é influenciado por essas questões. Desde as primeiras moradias, a arte esteve associada aos moradores, sempre representando o gosto e estilo de vida. Ter um quadro ou escultura, estática ou não, precisa estar em total harmonia, pois vamos conviver com ele todos os dias.
Uma obra que não apreciamos incomoda mais do que um sofá desconfortável. O conforto visual que um quadro nos proporciona está diretamente conectado ao mesmo tipo de prazer e conforto de ouvir uma boa música; por isso, é muito importante respeitar o seu olhar antes de comprar um quadro. Colocar quadros nas paredes é uma outra arte – é importante que estejam em lugar com luz e poucas interferências.
O ideal é ter um quadro, ou vários, numa composição, nos lugares neutros, sem muitos móveis ou objetos. Nem sempre, porém, podemos ter espaços sobrando, e existem também os acumuladores de objetos. Nesses casos, o importante é ter coerência: a “casa-galeria” existe para poucos. Quando as obras têm tudo a ver com você, sua casa proporciona bem-estar e personalidade. O essencial é saber que o impacto, o conforto ou desconforto e a identificação são os objetivos da arte.