Mais um evento de arte — ou seria de força cósmica? — nessa quinta (03/10), com a abertura da individual “Corpos em luta”, a primeira do artista plástico e pesquisador Edu Monteiro, na Galeria Movimento, em Copa. E por falar em energia… não faltou agilidade a Edu. Ele foi um dos selecionados na categoria inovação e experimentação da 7ª edição do prêmio Pierre Verger, que aconteceu em agosto.
Na mostra, com curadoria de Laís Santana e Marcia Mello, instalações, esculturas e fotografias que abordam o universo de duas danças de combate de origem africana: a Ladja, praticada na Ilha da Martinica; e Laamb, do Senegal. O interesse de Edu pelas lutas veio através da prática da Capoeira e pelas viagens para a África e o Caribe que serviram de pesquisa para a tese de doutorado em artes pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Logo na entrada, chama atenção a instalação na vitrine feita em couro tensionado.
“Alguns elementos tiveram como inspiração as rodas de danças de combate. Ao empilhar duas pedras, os praticantes da Lajda acreditam em uma conexão com o mundo espiritual, o que poderia consagrar o vencedor do combate. Já na luta senegalesa, o chifre de carneiro compõe a mandinga, conhecido como um elemento de poder e força vital”, diz Laís. Evoé!