Estamos no planeta da “dualidade”, e tudo e todos possuem os dois lados. Conheço o João de Deus há 30 anos, pesquiso fenômenos desde muito cedo. Ele é um deles. Assisti a curas inenarráveis, milagres verdadeiros que me deixaram abismada! Sei dos 26 filhos adotados, das obras sociais a que ele se dedica, da Casa da Sopa em Abadiânia (GO) e das inúmeras e incontáveis ajudas que faz. Da união com a mulher, Ana Keyla… Na verdade, nunca vi nenhum político dedicar-se ao povo dessa forma!
Vi também o lado homem, cheio de falhas, erros, desejos, maus humores, grosserias e de ego poderoso. Um homem que gosta de dinheiro e que trabalha incansavelmente sete dias por semana: quatro em Abadiânia e três, em suas fazendas. Vi puxar dinheiro do bolso e dar para pessoas necessitadas consideráveis quantias. Enfim, os dois lados…
Nunca sofri nenhum abuso, nem minhas filhas e netas que lá estiveram várias vezes; por outro lado, ouvi, sim, algumas poucas pessoas falarem de alguns acontecimentos desse tipo, mas me recusei a dar crédito sem provas, e sim a observar mais atentamente. Além dele, conheço vários outros paranormais espetaculares e inexplicáveis, porém todos com os dois lados.
Jamais endeusei nenhum, pois, como pesquisadora, estou sempre dividida: 50% na experiência e os outros 50% observando as falhas. Também sei que todos os possuidores desses dons trabalham com a energia da Kundalini, ou seja, uma tremenda energia sexual que existe em todos nós, normalmente adormecida. Existem alguns iogues que fazem exercícios para despertá-la durante a vida inteira! Sei também da dificuldade de controlar essa energia depois de acordada.
Como nunca fui testemunha de nenhum desses acontecimentos relatados pelas 12 vítimas, recuso-me a julgar o outro, em qualquer situação, sem provas; apenas tive o cuidado de sempre avisar às mulheres que recomendava a ida a ele, que tomassem cuidado com esse lado da Kundalini. Se é verdade, lamento muito por elas e por ele, mas principalmente pelos que poderiam beneficiar-se com curas e vivenciar milagres, e que deixarão de ir… Triste planeta Terra! Triste condição humana! Oremos…
Anna Sharp é terapeuta, escritora e pesquisadora – sempre teve uma vida ligada à espiritualidade.
Foto: Reprodução redes sociais
Respeito, em primeiro lugar sua coluna, e a opinião de Anna Sharp, estudiosa, iluminada que traz eventos da espiritualidade (não quero citar religião, credo ou filosófica neste caso) a luz da ciência . Infelizmente esses eventos que agora vem a tona , mostra que, como em muitos casos e outros relatos na literatura Espirita, que a pessoa do médium que acaba sofrendo com a ganancia, desejos (pervertidos no caso) e EGO. Pelo pouco que sei , acredito que , infelizmente esse senhor que deveria ter uma missão, ou obra, como ela mesmo cita, com movimentos de caridade plena, deixou-se levar pela lado errado do seu dom. Pena. Pois temos outros exemplos de médiuns brasileiros que com certeza não sofrem de tanta dualidade como esse senhor, que se chama de Deus.
Disse tudo.