Vale ler o depoimento do escritor Aguinaldo Silva sobre a Miss Brasil Adalgisa Colombo, que morreu semana passada, publicado em sua página no Facebook, na manhã desta segunda-feira (21/01).
Segue o texto na íntegra: “Estou de luto, e choro enquanto escrevo essas maltraçadas linhas. Morreu uma das grandes paixões da minha vida e uma das mulheres mais interessantes que este país já produziu: Adalgisa Colombo, ex-Flores e atualmente Teruszkin. Miss Brasil 1958, segundo lugar no Miss Universo, Adalgisa foi ídolo da minha geração de gays que, tal como Crô (personagem de Marcelo Serrado, em Fina Estampa, novela de Aguinaldo) fez com Teresa Cristina (personagem de Christiane Torloni na mesma história), a escolheram para Deusa e foram fiéis a ela até o fim.”
E continua: “Não tenho a menor condição de escrever sobre o que Adalgisa representou pra todos nós agora, estou triste demais. Falo apenas da última vez em que a encontrei, numa ida ao Barrashopping, quando conversamos no balcão de uma loja e ela me disse o quanto ficou triste quando soube da morte do meu gato, o Tadeu. Não se sabe do que Adalgisa morreu (no dia 18), a família foi discretíssima, e agora ela jaz, eterna para sempre, no Cemitério dos Israelitas em Vilar dos Teles.” Aguinaldo ilustrou com essa foto.
Apesar de não militar no grupo de opção sexual citado pelo Sr. Aguinaldo, concordo integralmente com esse no que tange à excepcionalidade da beleza, chame e elegância da recem falecida. Foi certamente um brinde da natureza permitir que em um país pobre, de cultura aborígene e fraca estrutura familiar, nascesse alguem tão bela e com tanta classe quanto a Sra. A. Colombo.
Com todo o respeito que tenho pelo escritor Aguinaldo Silva estou pasma com o depoimento dele sobre a Miss Brasil Adalgisa Colombo. Compará-la à personagem dele Teresa Cristina, da novela Fina Estampa, é uma brincadeira de mau gosto. Os bens informados sabem quem foi Adalgisa. Uma mulher culta, elegante e discreta. Fica aqui, portanto, o meu protesto.