Cristina Aché foi musa do cinema nacional, nos anos 70 e 80, com papéis marcantes em “Chuvas de Verão”, “Os Sete Gatinhos”, “Amor Bandido” e “A Estrela Nua”. Nos anos 2000 foi para Paris e participou, por três anos, da trupe do Théâtre du Soleil, onde todos os atores fazem de tudo: cozinham, lavam, passam e produzem. Foi no contato com os painéis de seda que constituem os cenários do Théâtre que Cristina reativou seu amor por tecidos e resolveu esticar sua temporada parisiense por mais seis meses, para trabalhar com a artista têxtil Ysabel Maisoneuve. Chegou a colaborar, inclusive, com os figurinos da ópera Fortunio, assinados por Christian Lacroix para a Ópera de Paris.
De volta ao Rio, entre recomeçar na carreira de atriz de tv – “pensei em mandar currículo para a Globo, essas coisas, mas não tenho muito talento para me autopromover” – a intimidade com a arte shibori falou mais alto, Cristina criou écharpes de sedas e começou a se profissionalizar na área, colocando algumas peças na novela “Cordel Encantado”. Dia 6 de novembro ela vai lançar coleção de almofadas, capas para edredom, cortinas e travesseiros para a Trama Casa, em Ipanema, em tingimento com a técnica shibori.
A dedicação a esse trabalho é tão séria que Cristina comprou um sítio no Vale das Videiras para transformar em atelier – para isso, precisou vender o apartamento espaçoso que tinha no Jardim Botânico – hoje ela tem outro menor, em Laranjeiras. A atriz, no entanto, se deu um ultimato: ela tem até o fim deste ano para organizar uma equipe que possa ajudá-la a produzir os tecidos sem a sua presença física. Cristina quer voltar a atuar no teatro, e já elaborou um projeto nesse sentido.
a foto em P&B é minha, querida LU, mil beijos !!!