
O carnaval de rua na Praça Mauá /Fotos: Alexandre Gomes
Se você deu uma voltinha por aí, provavelmente encontrou grupos fantasiados indo para alguma festa privada, mas também lotando espaços públicos, como na Praça Mauá, nesse sábado. Neste domingo (27/02), a Zona Portuária, por exemplo, já está lotada.
Para muitos que contrariaram as regras da Prefeitura, estar na rua é uma maneira de protestar contra a privatização e “elitização” do carnaval. “Festa privada de carnaval virou confraternização de endinheirados que não têm mais estrutura psicológica para suportar confinamento. Festa do povo na rua e desfile de escola de samba viraram aglomerações de vagabundos e propagadores da doença. O vírus, na verdade, é o pobre. Do jeito que está o Rio, com dezenas de festas privadas, só existe um lugar seguro pra quem não gosta de carnaval, quer se esconder e vai ficar na cidade: o Sambódromo”, ironiza o historiador Luiz Antônio Simas, referência quando o assunto é carnaval.
Ou o músico Pretinho da Serrinha: “Mais uma vez, ficamos de fora da nossa própria festa. Isso porque o Sambódromo é o único lugar onde você pode pegar covid no Rio de Janeiro… De resto, tá tudo liberado!”