Em debate sobre o filme “Legalidade”, nessa segunda (19/08), no 47º Festival de Gramado (RS), no Hotel Serrazul, Cleo disse que “Leonel Brizola era um gato. Minha avó materna (Elza Pires, mãe de Glória Pires) tinha um retrato de Brizola em casa; ela o achava o máximo. Eu tinha apenas 4 anos”. O longa de Zeca Brito, exibido fora da competição nesse domingo (18/08), se passa em 1961, e acompanha o movimento liderado por Leonel Brizola (interpretado por Leonardo Machado, em seu último trabalho antes de morrer, no ano passado, aos 42 anos), para garantir a posse do vice-presidente João Goulart depois da renúncia de Jânio Quadros, ameaçada por militares.
Em paralelo ao contexto político, a jornalista Cecília, personagem de Cleo, se envolve num triângulo amoroso com um repórter e um fotógrafo — tem até cena de sexo no Palácio Piratini, sede do governo gaúcho.
“Senti expectativa e certa perplexidade pelo que mostramos. Creio que o filme desperta uma dimensão de afeto pelo Brasil, uma ressignificação dos valores do Brasil”, disse Zeca. Na exibição de domingo, o ator Leonardo Machado, também apresentador do festival por oito anos, foi homenageado com uma imagem no telão, segurando o Kikito pelo filme “Em teu nome”, cantando “Gracias à la vida”.