A quarta (19/05) foi movimentada para o povo das artes — não em número de pessoas, mas nas três mostras inauguradas no Centro Cultural dos Correios, no Centro. A artista plástica Patricia Secco apresentou a terceira fase do projeto “Metamorfose”, com curadoria de Carlos Bertão, com casulos e esculturas feitos com organza, usando a técnica da artista japonesa Mariko Kusumoto. “A inspiração surgiu no enclausuramento da pandemia. Fizemos das nossas casas os casulos, entrando numa viagem ao nosso interior, com a esperança de que um dia todos nós renasceremos”, diz ela. A primeira mostra do projeto aconteceu em 2015; a segunda, em 2019, todas com o mesmo princípio, usando materiais diferentes.
Em outra sala, Luiz Antonio Caligiuri, o Calli, que também é arquiteto e trabalhou como cenógrafo por 20 anos na TV Globo, inaugurou a “Parábolas Visuais”, com base em pesquisas geométricas, com curadoria de Patricia Toscano. São duas séries: a “Símbolos inconscientes e influências”, criada no seu ateliê no Rio, durante a pandemia, com pinturas e desenhos de grandes e médios formatos, e a “Vivências”, criada em 2012, com pinturas de grandes formatos. “O trabalho traz referências da História da Arte e Filosofia e nos remetem a Kandinsky, Miró, Dalí e Espinoza. Essas inspirações orientam parte de sua linguagem e cria uma nova perspectiva”, comenta Toscano.
Outra mostra é a “Vestígios”, de Tete Dias Leite, também com curadoria de Patricia Toscano. São pinturas de médio e grande formatos, criadas na pandemia, de 2019 a 2021, misturando clássico e contemporâneo.