Começa neste domingo (12/10), no Centro Cultural Banco do Brasil, uma das exposições mais inusitadas já mostradas no Rio. Com trabalhos de 30 artistas de diferentes gerações – entre eles Anna Bella Geiger, Antonio Dias, Cildo Meireles, Irmãos Campana, Mira Schendel, Nelson Felix e Tunga – o curador Marcello Dantas traçou a relação do metal precioso com a arte brasileira, desde o início do século 19, quando Debret desenhou a primeira bandeira do Brasil e colocou nela um losango amarelo dentro de um retângulo verde, para representar as riquezas da nação: as matas e o ouro.
“Ouro – o fio que costura a arte do Brasil” vai comemorar os 25 anos do CCBB e os 70 anos da H. Stern, que está patrocinando a exposição.
Entre as obras que vão causar impacto está a instalação inédita da artista Laura Vinci: todos os dias, às 18h30, vai acontecer uma chuva de cerca de 1.500 folhas de ouro, em queda da rotunda e suspensas no ar como um redemoinho. “O povo vai poder levar o ouro pra casa”, avisa Marcello Dantas, contabilizando cerca de 100 mil as folhas que vão tomar parte no “temporal”, até o encerramento da exposição, em janeiro de 2015.
Outro trabalho interessante é o de Paloma Bosquê, que vai revestir um dos cofres do primeiro andar do CCBB de dourado, para gerar uma luminosidade que ofusque a visão do público. Os visitantes vão ter todo o trajeto da mostra indicado por um fio de ouro, até o local onde um ourives vai estar mostrando técnicas de produção de joias com o metal.