Teatro (online), por Claudia Chaves: “Romeu & Julieta (e Rosalina)”, quando o trio funciona

Desde Oscarito e Grande Otelo, Romeu e Julieta, o amor impossível e eterno serve a todo tipo de adaptação. Paródia, ópera,  peça, poema, filme são desenvolvidos há 500 anos, para mostrar os sentimentos, os desencontros. Em “Romeu & Julieta (e Rosalina)”, Gustavo Pinheiro desenvolve uma nova trama, puxando um fio inusitado, o que  funciona muito…

Teatro (online), por Claudia Chaves: “Até o final da noite” — a vida não tem bula nem receita

Casamento é sempre uma piada; muitas vezes, de mau gosto. Às vezes, porém, o aparente, embora não transpareça e soe falso, é aquilo que representa mesmo. E mais: casamento é união das diferenças que pretendem igualar-se, que não conseguem, e as pessoas se desesperam. Contar esse percurso de uma piada que poderia ser uma tragédia…

“A esperança na caixa de chicletes ping pong” — a ancestralidade está presente na contemporaneidade

Prosa ou poesia. Monólogo ou teatro de grupo. Biografia ou homenagem. Verso livre ou rima. Musical ou palavra. Fragmento ou texto integral. Comédia ou drama. Brasil ou universal tradicional ou contemporâneo. Pois é… Todos esses elementos estão reunidos na peça que Clarice Niskier escreve, produz e estreia no seu mais novo espetáculo, “A esperança na…

Teatro, por Claudia Chaves: “No Interior” e “Eu não sou João Caetano” — abrem-se os palcos iluminados

São dois espetáculos feitos a partir da mesma premissa, soluções diversas, mas que chegam a um resultado semelhante. Um excelente aproveitamento do chamado “o que temos para hoje”e a capacidade de cumprir aquilo que o teatro deve ser: uma emoção única causada pela voz do ator, texto, direção. A peça metragem “No interior”, dirigida por…

Teatro, por Claudia Chaves: “Parece loucura, mas há método” — cada um no seu quadrado 

O isolamento veio fixar alguns comportamentos. Os aplicativos de todos os tipos — delivery, relacionamento, games —  estão disponíveis  na ponta do dedo indicativo. Antigo gesto de acusar, enfatizar, agora se torna  o dono da escolha. Com essa lógica de escolher/rejeitar, da facilidade e ligeireza de mostrar o que desejo com apenas um dedo, é que  a…

Teatro, por Claudia Chaves: “Protocolo botão vermelho: uma farsa genocida” — quando o rei é o bobo

Já houve um momento em que o Brasil foi um país risonho e franco, onde, além dos sabiás, inventava-se a Bossa Nova, construía-se uma Capital… e havia a chanchada, filmes em que o humor predominava e, de uma forma, meio circense: dois atores, Oscarito e Grande Otelo, não deixavam pedra sobre pedra. Nessa tradição, herdada da…