Aos poucos, a Hípica carioca volta à programação quase normal. Terminou, nesse domingo (06/06), o Campeonato Estadual de Amazonas, com o ator e capoeirista Beto Simas, o Mestre Boneco, como convidado especial, distribuindo a premiação.
É o único evento da Federação Equestre do Estado do Rio (Feerj) exclusivamente feminino, já que o esporte costuma misturar os gêneros. Foi feito um pódio em tons de rosa e lilás. As competidoras foram divididas em faixas etárias e oito categorias. Entre as três colocadas da Master (com 31 concorrentes acima dos 40 anos), estavam a fotógrafa carioca Ana Quintella (que levou o bronze), a tabeliã Vanessa Zanini e a advogada Rita Romano (ouro e prata, respectivamente).
Quintela montava aos 19 anos, parou e, há 15, retomou o esporte. “Eu salto bem baixinho (mais ou menos 1 metro), nada muito grande porque já sou uma senhora. Mas eu adoro, amo, monto todos os dias e entro numas provas; essa foi uma delas. Meu cavalo, o Zenith, mora na Hípica, de frente pra Lagoa”, conta. No primeiro dia de provas, Ana teve um pequeno transtorno na lombar e ficou com dores para competir a final; mesmo assim, levou o bronze. “O que a gente não faz por amor ao esporte? Agora estou ‘bichada’, mas passo bem”, brinca.
Além de todos os cuidados dos presentes com a pandemia — só a família dos competidores já preencheu alguns setores (rsrsrs) —, listados em 12 páginas do “Guia de Retomada do Hipismo no Estado do Rio”, a Feerj também fez um comunicado: por causa da morte de vários animais na Europa, de rinopneumonite equina (doença que ataca as vias respiratórias, assim como a covid nos humanos), todos os cavalos que entrarem na Hípica, a partir desse evento, têm que apresentar atestado de vacina para a doença.
Além disso, todos sabem que esses animais competidores têm muitas regalias: são devidamente “chipados”, com passaportes
rigorosamente em ordem e em dia — incluindo vacinas contra raiva, tétano, encefalomielite, influenza equina e a rinopneumonite.