Foi com relutância que Bia Corrêa do Lago aceitou falar sobre sua participação na minissérie “Felizes para Sempre?”, sucesso indiscutível na Globo. Uma das roteiristas da trama, ela tem seus motivos: “Não quero parecer metida, nem sobressair diante de veteranas como Denise Bandeira, Ângela Carneiro e Márcia Prates”, justifica, em sua estreia na Globo na nova atividade. Na verdade, Bia, que se preparou fazendo muitos cursos de roteiro, já participou de outros projetos na emissora, que não foram adiante.
No trabalho de equipe, nenhuma das roteiristas se restringiu a um determinado personagem. “Foi um trabalho muito estimulante, mas o argumento é todo do Euclydes Marinho, assim como o texto final. Ele é um príncipe, educadíssimo,” conta.
A apresentadora e editora também adorou a direção de Fernando Meirelles: “Ele tem muito bom gosto, extraiu o melhor do texto”, acrescenta.
Bia vai voltar a apresentar seu programa “Umas Palavras”, sobre literatura e dramaturgia, em abril no Canal Futura. Até lá, se dedica também à sua editora Capivara, que vai lançar, este ano, 10 livros de arte. “Estamos preparando uma obra completa sobre a fotografia no país no século XIX, com acervo do colecionador Rui Sousa e Silva; um livro sobre o aquarelista austríaco Thomas Ender, que esteve no Brasil em 1817 e 1818, com imagens inéditas que fomos buscar em Viena; outro sobre a história dos transatlânticos que aportaram no país e uma fotobiografia de Osvaldo Aranha”, finaliza.