
Canastra Bar: vizinhos enviaram fotos ao site mostrando como fica a Rua Jangadeiros, em Ipanema, em dias de festa e, depois dos eventos, o lixo deixado nas ruas /Fotos: Reprodução leitores
Depois de nota sobre o Bar Canastra, em Ipanema, publicada aqui, recebemos pedidos de direito de resposta de inúmeros vizinhos, alguns bem revoltados. Entre elas, a arquiteta Beatriz Baracat: “Estamos tentando resolver esse problema há muito tempo. Os proprietários foram convocados para duas reuniões, pouco produtivas; eles se recusam a ajudar a população, se eximindo de qualquer responsabilidade, além de seu costumeiro deboche e falta de respeito com moradores que, inclusive, passam de seus 70 anos. O bar tem mais de 70 multas”, diz.
Ela também comenta que a afirmação de fechar “cedo para não incomodar os vizinhos” não é verdadeira. “Eles fazem eventos até altas horas da madrugada. Atrapalham o sono dos moradores e trazem também problemas ao Hospital de Ipanema. Além do barulho, tem a sujeira que impede o trânsito de veículos, inclusive ambulâncias. E também fazem uso indevido da calçada, colocando mesas e cadeiras sem autorização”.
A professora Marlene Linnemann: “Moro bem próximo a esse bar; no início, achei que o público era principalmente de jovens e pessoas descoladas, mas, com o passar do tempo, tudo foi mudando, e o bar foi se transformando num tormento. Nas noites de terça, quando servem ostras frescas de Santa Catarina, a frequência aumenta drasticamente, e os clientes que não encontram espaço no interior permanecem na rua, impedindo a passagem de carros. Conheço pessoas que moram no prédio em frente: quem está fora de casa não entra; quem está em casa, não sai. No verão, teve apresentação de uma bateria de escola de samba, e ficamos sem poder conversar, dormir, ouvir música ou assistir à TV; tudo vai até as 6 da manhã. As pessoas fazem tudo na rua, até transam. E a afirmação dos donos do Canastra, de que não têm culpa disso tudo, não procede — eles não fecham à meia-noite, e não tem apenas 16 meses na calçada; eu passei e contei 28”.
O aposentado Otacílio Alves, que mora há mais de 40 anos em Ipanema: “Desde que o Bar Canastra começou, as noites das terças-feiras se tornaram martírios para centenas de famílias ao redor. O bar dobra o número de mesas na calçada, e cadeirantes não passam; o vozerio atordoa e não permite o sono, e não é verdade que fecham à meia-noite, pois as últimas mesas são retiradas às 2 da manhã. Fizemos várias reuniões com os donos, mas de nada adiantou, só piorou; agora farão essa festa às sextas: mais uma madrugada de tortura. Não precisamos do Canastra e não podemos mais tolerar a transgressão das leis. O diálogo amigável se deteriorou”.
As queixas comuns, como xixi, cocô e sexo na rua, barulho e lixo sem fim, direito de ir i vir, são comparáveis às do carnaval de rua. Ou ainda: “O bar está reformando um bar ao lado do próprio para ainda ampliar seu “sucesso”, mais uma vez ignorando os apelos da população. Uma afronta ao sofrimento dos moradores!”
Entendo bem o desespero dos moradores, mesmo com janelas acústica não resolve, o barulho é enorme. Sofro do mesmo problema no bar da esquina da minha casa que aos sábados e domingos colocam um karaokê na calçada!!! É de enlouquecer a voz de fracasso dos cantores. Rsrsrs Reclamo no 1746 da prefeitura toda semana e nada fazem, mas vou reclamar sempre, pois é o único meio que o cidadão possui. Barulho enlouquece quem não quer participar dele. Obrigado Ricardo