
Av Niemeyer: pare ou siga? Onde essa história vai parar? /Foto: Reprodução
A Avenida Niemeyer caminha na velocidade da luz para ser uma das dez coisas mais absurdas da atuação da Prefeitura na retrospectiva de 2019. Fechada desde o dia 28 de maio, depois da morte de duas pessoas em um deslizamento em fevereiro, a via simplesmente parece seguir na mesma situação — ou ainda pior. O resultado das obras não chega e, agora, nem a justiça parece querer se meter na questão. Nessa terça (03/12), o desembargador relator do processo de uma possível reabertura pediu afastamento. Motivos privados.
Agora é a novela que todo carioca já conhece tão bem o roteiro, que perdeu a paciência de assistir: vai demorar um tempo para o novo relator começar a atuar no processo de fato, até rolarem todos os trâmites… aí já vai ser carnaval… Já deu pra entender aonde essa história pode chegar, não é? Enquanto isso, todos que se virem.
Um absurdo. Sem falar no pedido de absolvição dos réus que a promotora do MP do Rio, Márcia Colonese Guimarães, pediu em novembro, resultando no arquivamento do processo. Na prática, a obra que custou mais de R$40 milhões, teve diversos erros comprovados nos laudos técnicos, matou duas pessoas e interditou a Niemeyer até hoje, não teve nenhum culpado. A promotora entendeu, em seu parecer, que a onda era “imprevisível” e por isso não poderia ser atribuída culpa a ninguém. Curiosamente um dos réus, Luiz Otávio Martins Vieira, é irmão do ex procurador geral Marfan Vieira, réu confesso e delator do Sérgio Cabral. É o pais da impunidade!!