É preciso assumir a responsabilidade de que nós somos as grandes causas, os criadores do mundo dos efeitos. Ou não?
Partindo da realidade de que vivemos em um universo metamórfico, sabemos que o “Pedi e recebereis” não é uma questão de fé, mas uma referência ao nosso potencial de criação.
Todos os acontecimentos de nossa vida, individual e coletiva, emanam de nós mesmos, inclusive a nossa morte.
Na pesquisa com doentes terminais, quase sempre são encontrados os pseudoganhos com as doenças e com o sofrimento, sempre muito maiores do que as perdas; estão instalados no subconsciente das pessoas, através de um vasto sistema de crenças acusador, portanto, punitivo e destrutivo.
Estamos permanentemente atuando de nós para nós mesmos, e nossa interação com o outro é apenas o grande impulso criador, ou o pretexto para a ação através de nossa reação.
Nascemos com determinadas condições básicas, talentos e fragilidades a serem desenvolvidos; o que, quando e como vamos atuar com eles, é nossa escolha.
“Já basta a cada dia o seu próprio mal. Por que acrescentar outros mais?”
Passamos, sem perceber, grande parte de nossa vida num estado de automatismo e repetição, interno e externo. A atração exercida pelo mundo que nos rodeia, a busca da sobrevivência, o enorme número de informações e repressões a que somos submetidos diariamente nos induz à perda de contacto com a única coisa que realmente importa: nós mesmos.
É assustador esse estado de alienação total, que nos transforma em “robôs”, obedecendo a ordens, quase nunca questionadas, dos outros, do sistema e de nossas próprias crenças.