O que minha experiência com pessoas tem mostrado é que buscamos o crescimento, ou ajuda espiritual, nos momentos de crise; a partir do momento em que as nuvens escuras se afastam, também nos afastamos, com elas, da verdadeira luz. Até que uma nova tempestade se anuncie… Começamos tudo de novo, cheios de boas intenções, e novamente repetimos o padrão anterior.
Poucos são os que desenvolveram a qualidade da gratidão; e menor ainda o número dos que entram no “caminho” com a decisão de fazer o esforço necessário à caminhada, em realidade muito menor do que o que fazemos para suportar o sofrimento da escuridão.
Tenho observado esse comportamento ao longo desses anos, sem conseguir decifrar o motivo pelo qual as pessoas não se mantinham na direção do auto-conhecimento e do crescimento pessoal, o único capaz de nos proporcionar aquilo que, tão desesperadamente, buscamos: a felicidade.
Percebi que um dos motivos é a exaltação intelectual, cultural e religiosa à tragédia e à dor. Por mais incoerente que seja, o homem passa a vida buscando a felicidade através de todos os caminhos e, quando a encontra, não se acha merecedor de mantê-la – e mais! Chama de “alienadas” as pessoas que o fazem. Como se realmente houvesse uma ordem interna colocada por alguma bruxa má, direcionada para a incoerência.
Não mereço ser feliz!