Qual o maior problema quando falamos em controlar o ego e nossos desejos egocêntricos? É que nos sentimos, de alguma forma, completamente bobos quando fazemos isso. Vai totalmente contra a nossa natureza física: a coisa mais normal do mundo é primeiro pensar em nós — desde o tempo em que éramos bebezinhos. Quando aceitamos e reconhecemos o nosso comportamento natural que é lógico e racional, ativamos a capacidade de controlar nossa consciência.
Imaginamos que levar o outro em consideração é atender aos seus desejos egocêntricos e, já que é para atender ao ego de alguém, que seja o meu; afinal, o egoísmo alheio não é melhor que o de ninguém. Precisamos apenas levar em conta o que provocamos nas pessoas.
É muito mais a célebre frase "não faça com o outro o que não quer que façam com você". Isso é apenas o início da consciência que queremos, na verdade, a coisa é um pouco mais sutil. Por exemplo: muitas vezes nos enganamos pensando que vamos fazer algo para alguém e que estamos controlando nosso ego naquele momento; mas temos algum interesse por trás — na realidade, estava fazendo pra mim.
Devemos nos lembrar sempre que o que eu estou fazendo, sentindo e vibrando é exatamente o que vou receber de volta. A inteligência da alma – que conhece tudo da lei de Causa e Efeito – sempre sabe a verdadeira intenção.
Ary,
Agora você chegou num ponto difícil.
Sei de um cara que propos que amássemos o próximo como a nós próprios e acabou crucificado.
castelar
Interessante. Há muito tempo atrás em um grande salão de vendas um gerente abria suas reuniões com a frase: “…desejo o dobro a vocês do que me desejarem…”. Ele tinha a preocupação do que achavam dele pessoal e profissionalmente. Forte abraço!!
Amauri Barros.
Castelar, confesso que é uma tentação o tema “amar o próximo”, mas acho um pouco cedo. Por enquanto, eu gostaria que pensássemos juntos sobre como podemos controlar a causa ou cada semente que criamos e com isso controlar o futuro. Uma parte importante do processo é entender o aspecto “espelho” da lei de Causa e Efeito. Tudo que fazemos ou plantamos, volta pra nós, fundamentalmente através de como nos relacionamos com os outros – nossos espelhos.
Amauri, no episódio que você conta podemos identificar primeiro uma insegurança e depois a necessidade de aprovação dos outros, que é uma das principais causas de não fazermos o que no íntimo sabemos que deve ser feito.