
Pipa é patrimônio histórico, cultural e imaterial do Rio /Foto: Reprodução
Foi aprovado, nesta terça (29/06), projeto de lei que reconhece a pipa como Patrimônio Histórico, Cultural e Imaterial do Rio, de autoria do vereador Luciano Vieira. Não coincidentemente, quando os praticantes comemoram o Dia da Pipa, que faz parte do calendário oficial da cidade. Se você já ouviu ou leu algo a respeito, é um projeto diferente do que foi aprovado em 2018, de autoria do deputado Paulo Ramos, em que a pipa já é reconhecida pelo mesmo título, só que no estado.
Mas esqueça aquela ideia de que praticar pipa é uma brincadeira entre garotos descalços nos bairros da periferia da cidade ou em áreas menos movimentadas – no Brasil, existem mais ou menos 2 milhões de praticantes da chamada Pipa Esportiva, entre jovens e adultos. “Os estados que se destacam em quantidade de praticantes são Rio e São Paulo, acompanhados do Amazonas, Pará e Minas Gerais. Em todos eles, acontecem festivais e campeonatos regularmente. Existe o ‘Rio x São Paulo’, que reúne 20 mil pessoas no Rio”, diz Luciano.
Existe também a Associação de Pipeiros do Rio, que entregou, na segunda (28/06), carteirinhas de licença para posse, transporte e armazenamento de linha esportiva para uso exclusivo nos pipódromos, espaços que foram regulamentados em 2019.
Ainda segundo o texto da lei, “a cultura da pipa movimenta um mercado considerável; elas são feitas por varetas de bambu, linha de algodão e poliéster, cola e papel fino, gerando milhares de empregos nessas indústrias. A pipa é o segundo esporte mais praticado na cidade, só ficando atrás do futebol em número de praticantes e, por isso, valorizar é tão importante.”