Quando um grande empresário morre, geralmente os anúncios fúnebres são assinados por empresas pelas quais ele passou, ou por grupos de pessoas influentes. Chamou a atenção, nessa segunda-feira (21/03), a homenagem publicada no jornal “O Globo” para Roger Agnelli, ex-presidente da Vale que morreu, sábado (19/03), com outras pessoas da família, num acidente aéreo, em São Paulo.
Uma ex-funcionária da comunicação da Vale teve a ideia, com dois outros ex-empregados do departamento jurídico, de reunir, através das redes sociais, algumas pessoas para prestar uma homenagem a Agnelli. Em 20 minutos, já eram mais de 1.700 os que queriam participar. Essa jornalista, que prefere não se identificar, selecionou 207 nomes, e cada um pagou R$ 183,10 pelo anúncio. “Roger era adorado por todos, ele atendia ligações da copeira do Bradesco, onde ele trabalhou, que ligava para saber como ele estava. Incluímos nesse anúncio os nomes de pessoas assim, como a tia do cafezinho e o motorista dele, e não cobramos nada. Era uma potência como empresário, onde chegava, os negócios evoluíam”, diz.
Prova de que ele era querido em todos os setores foi o anúncio publicado, no mesmo jornal, pelo grupo estrangeiro WPP, com expressões de afeto como “Ele era um homem maravilhoso, feliz e otimista. Um grande brasileiro”, normalmente evitadas no vocabulário de executivos.
Os mesmos ex-funcionários da Vale que assinaram o anúncio pretendem marcar uma missa de Sétimo Dia na capela da PUC, onde seu filho João estudou.
Os ensinamentos do periodo em que o Roger presidiu a Vale ficarão para sempre em nossas mentes.
Foi uma união de ex-empregados e também empregados Vale.
Perfeito, Lu Lacerda: compartilhei link em minha página no Facebook! Creio que você teve a sensibilidade de captar o tipo de sentimento que Roger semeou entre todos nós e a percepção indelével que isso traz a respeito de seu legado. Eu a convido, e aos leitores de sua página, a conhecerem o artigo depoimento que escrevi sobre esse nosso grande Mestre, momentos depois do anúncio da perda desse grande homem e sua amantíssima família:
https://goo.gl/qcxDDM
Foram 12 anos que tive a felicidade de ser empregado da CVRD e da VALE, vestindo com orgulho o uniforme caqui e depois o verde. Era uma emoção quando o Roger chegava no Complexo Portuário de Tubarão em Vitória no ES, e ele vestia o uniforme. Quando fui trabalhar no Rio, houve um evento no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, muitos empregados, diretores, todo mundo na “beça” ! Trabalhava na Barra da Tijuca, e nesse dia fui trabalhar de uniforme(nesse site não usávamos uniforme). Transitando pelos espaços do Teatro, vários executivos da Companhia, e o Roger estava entre eles. Foi quando ele me viu de uniforme e me chamou, nos cumprimentos e ele chamou o fotógrafo para registrar o momento ! Eu disse, ele chamou ! Foi o bastante para abrir a porteira para os outros empregados e convidados pegarem a ponga. A Vale depois dele foi outra. Comparo a perda dele como referência brasileira, como a perda do Airton Senna.
Prezado Manzano, li todo teu artigo e foi magnífico ! Viajei nos teus relatos. A esposa dele era simpática demais, e eu achava o máximo quando ela o acompanhava, era Vale também !
Em 2012 deixei a Vale, e fui admitido por concurso na Petrobras. Quando o nome do Roger foi indicado ppara ser Presidente, vibrei demais ! Infelizmente, acho que ele não aceitou, e já imagino o motivo: o mesmo que você mencionou em teu artigo.
Estive na CVRD e na Vale, momentos totalmente diferentes. Ele mudou uma cultura da CVRD para Vale, quem conheceu a CVRD sabe da cultura existente e a guerra para mudar, pois ele mudou. Grande Líder, Grande perda.