Na abertura da Bienal Internacional do Livro, no Riocentro, na Barra, nesta sexta (03/12), ao contrário do que aconteceu em 2019, quando o então prefeito Marcelo Crivella mandou recolher as HQs em que os personagens Wiccano e Hulking se beijam, Paes fez um discurso sobre a censura. “A intolerância tomou conta do Brasil nos últimos anos, e o momento mais simbólico dessa situação infelizmente aconteceu na Bienal de 2019. Foi uma marca de preconceito, intolerância e censura. Quero pedir desculpas a todos que estiveram envolvidos por aquele absurdo. Beijem-se à vontade”, disse.
Este ano, a Prefeitura participa ativamente, com ações de diversas secretarias em dois estandes, além da distribuição de mais de R$ 12 milhões em cartões para compra de livros para alunos, professores e as 1.561 unidades da Rede Municipal. Também participaram da cerimônia os secretários de Cultura, Marcus Faustini, e de Educação, Renan Ferreirinha. O jornalista Zuenir Ventura é homenageado pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) por participar desde o começo da Bienal; a ministra do STF, Carmen Lúcia, homenageada com a entrega do Prêmio José Olympio, que, desde 1983, reconhece pessoas e instituições pelas contribuições ao mercado editorial — com seu voto no STF, a ministra garantiu aos autores do País a plena liberdade de publicar biografias não autorizadas.
Espera-se que 400 mil pessoas passem pelos estandes de 85 editoras e 140 selos, até o dia 12. “A Bienal é o 4º maior evento da cidade, só perdendo para o Ano Novo, carnaval e Rock in Rio. Para a gente da Educação, é o mais importante de todos, disparado”, disse Renan Ferreirinha.