Mariana Ribas, que deixou a Secretaria Municipal esta semana, seis meses depois de assumir o cargo, declarou que sua saída foi devido a falta de repasse de verba para manter os equipamentos culturais da prefeitura funcionando até o fim do ano. Como publicado aqui, no começo deste ano, alguns teatros expõem as pessoas até a risco de vida. À época, mostramos o estado do Teatro Serrador, no Centro, com fiação exposta, cadeiras amarradas com fitas crepes. Outros teatros estão na mesma condição, e até fechados.
Com a renúncia da secretária — que, comenta-se, vai ser a candidata do PSDB à Prefeitura do Rio no ano que vem —, fica a pergunta: a quem cobrar os repasses de dinheiro público e a degradação dos espaços? Lembra da morte de uma jovem de 24 anos que foi eletrocutada no Terreirão do Samba, em abril? A fiscalização desses espaços é de responsabilidade da Secretaria de Cultura e do chefe maior do nosso executivo, o prefeito Marcelo Crivella. O orçamento liberado neste ano foi de R$ 70 milhões, R$ 14 milhões a menos que em 2018.