Não vai ter carnaval de rua no Rio? E sem divergências: o prefeito concorda, a Sebastiana (liga dos blocos), concorda, a Secretaria de Saúde concorda. Vai ser trocado pelo carnaval de salão, onde os ingênuos acham que a etiqueta-da-covid vai ser respeitada. Ahã! Agora, está aberta a corrida para os clubes fechados, já que, com “catraca” e pedindo a carteira de vacinação, os eventos estão liberados. E, obviamente, o patrocinador da folia a céu aberto não vai querer perder o investimento de quase R$ 40 milhões.
Com isso, Paes disse, em live nas suas redes, que propôs ao patrocinador que organize eventos em fevereiro, de graça, com os principais blocos, em três lugares da cidade onde pudesse haver controle, mas os blocos não aceitaram muito bem, porque existe uma relação dos cortejos com seus bairros. “Os eventos estão liberados, desde que a gente tenha a responsabilidade de testar as pessoas e de exigir o comprovante das duas doses. O carnaval de rua, pela sua própria natureza e aspecto democrático, gera a impossibilidade de exercer qualquer tipo de fiscalização”, explicou Paes. Há alternativas sendo estudadas. Enquanto isso, os desfiles das escolas de samba na Sapucaí não correm risco, assim como eventos fechados que possam ter controle sanitário.
Nas redes, a maioria dos cariocas está triste, mas elogiando a medida do prefeito; outros estão inconsoláveis e, claro, o nome de Eduardo Paes é um dos assuntos desta terça (04/01). Carioca nunca viveu crise de originalidade, vai dar um jeitinho.