O colombiano James Rodríguez, de 22 anos, considerado o craque da 1ª fase da Copa, é tímido, é humilde, é corajoso, ótimo pai, ou seja, é um jogador de muitas características, ou melhor, qualidades. James foi abandonado pelo pai na infância. Pode ter sido nesse momento que declarou, de si para si, se transformar num vencedor?
Acontece muito com crianças largadas no primeiro período da vida – o mesmo ocorreu, por exemplo, com Steve Jobs, outro vitorioso. O magnata do setor da informática foi largado pela mãe, logo depois do nascimento, vindo a ser adotado por um casal. A impressão que fica é que esses personagens adquirem, naquela fase, uma valentia muito grande. Seria esse o caso de James?
O que ninguém comentou até aqui foi a firmeza do olhar do jogador, que fala por si: seguro, direto, decidido, compensando suas poucas palavras, talvez por ser gago. Não fala com a língua, mas fala com os olhos e, mais, fala com os pés, o que, no futebol, vale mais do que tudo.