Rogério Andrade sendo levado para o presídio de Benfica, na Zona Norte /Foto: Reprodução
Coincidentemente, no dia da prisão do bicheiro Rogério de Andrade, nesta terça (29/10), suspeito de envolvimento no assassinato do rival, Fernando Iggnácio, em 2020, a série “Vale o escrito — A guerra do jogo do bicho”, vai ao ar nesta mesma terça, pela TV Globo. Lançada no ano passado pelo Globoplay, a história teve uma repercussão gigantesca.
Rogério, sobrinho do contraventor Castor de Andrade, é um dos personagens centrais da série, com direção de Felipe Awi e Ricardo Calil, apresentada por Pedro Bial, em que ele é descrito pelos entrevistados como uma pessoa agressiva e violenta, sendo um dos únicos que não gravou entrevista.
As redes estão explodindo com o novo acontecimento pedindo atualização para a 2ª temporada e, desta vez, quem sabe, o bicheiro pode até dar entrevistas. Sobre a transferência de Rogério para uma cadeira federal de segurança máxima, o diretor Ricardo Calil chegou a comentar, no Estúdio i, na GloboNews: “Eu falo como um dos membros da equipe da série e não sou especialista em segurança pública, mas tudo que a gente ouve de pessoas envolvidas com contravenção e outros crimes organizados é que os presídios federais são uma experiência muito dura pra eles. Certamente eles preferem Bangu ou outro tipo de presídio porque as regras dos federais são mais duras e a distância da família é maior. O desejo de levá-lo para o presídio federal pode ser uma demonstração que não vai ter moleza desta vez”.
Rogério vai passar por audiência de custódia no presídio de Benfica, na Zona Norte, depois deve ser transferido para o Complexo de Gericinó, na Zona Oeste, onde aguardará transferência para o presídio federal.
Considerado o maior bicheiro do Rio, patrono da Mocidade Independente de Padre Miguel, foi preso pelo Ministério Público do Rio na Operação Último Ato depois de uma nova denúncia do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), com provas que demonstrariam que Rogério é o autor do plano de assassinato de Iggnácio. Entre as razões, estaria o desejo de vingança pela morte de seu filho adolescente, por uma explosão causada por uma bomba colocada no carro da família.