Foi lançado, nessa segunda (30/09), na Alerj, um livro com a transcrição do documento “Carta Magna da Umbanda em Braille”, do Instituto Internacional Carta Magna da Umbanda, com sede no Rio, e o Instituto Benjamin Constant (referência nacional na educação e capacitação profissional de pessoas cegas), fato inédito para a inclusão social e religiosa. “Nossa audiência pública ligou duas vertentes essenciais: a acessibilidade e a inclusão em todos os terreiros e centros das religiões afro e outras, seja com a acessibilidade física para cadeirantes, por exemplo, seja para leitura de pessoas com deficiência visual”, disse o deputado estadual Carlos Minc.
Outro tema foi a sustentabilidade ambiental das religiões, com a atualização e a ampliação do “Decálogo das Oferendas”, lançado há 17 anos por 80 pais e mães de santo, sob a coordenação da bióloga Lara Moutinho da Costa, grande articuladora do movimento inter-religioso, que morreu em 2020.
“Atualizamos as instruções sobre como tratar os resíduos dos cultos religiosos, como evitar as velas e a exposição ao fogo, resumindo como conciliar o culto aos orixás ou outras divindades de qualquer natureza com o cuidado, o respeito e a prevenção das florestas, dos rios, das cachoeiras”, explica Minc.
Nesta terça (01/10), o deputado também entrou com um projeto de lei que incorpora esses princípios do “Decálogo das Oferendas” e o “Programa de Sustentabilidade das Religiões”, para os religiosos trabalharem junto com o poder público, “que deve oferecer banheiros, um local para descartar os lixos religiosos e dar condições para que isso possa ser feito com segurança ambiental”, completa Minc.