No sábado (05/10), durante o Festival do Rio, é esperada a aula aberta do documentarista João Moreira Salles: “Como Fazer Cinema com Quase Nada, a Gramática Mínima de Eduardo Coutinho”, no Estação Net Botafogo, com distribuição de senhas a partir das 10h.
Salles foi convidado pela Matizar Filmes, uma homenagem aos 10 anos da morte de Coutinho, um dos maiores nomes do cinema documental brasileiro, e também o lançamento do “Fala Tu Lab”, para estudantes cotistas das universidades públicas e beneficiários do Prouni nas universidades particulares do Rio, para incentivar a produção de curtas documentais.
Conhecido por filmes, como “Cabra Marcado para Morrer” (1984) e “Edifício Master” (2002), Coutinho revolucionou o documentário ao dar voz às pessoas comuns.
Em 2020, o Instituto Moreira Salles, no Rio, abrigou a “Ocupação Eduardo Coutinho”, a maior exposição já dedicada ao documentarista, assassinado pelo filho em 2014, depois de um surto de esquizofrenia.
João era muito ligado a Coutinho, produtor de seus filmes, com quem conviveu por mais de 20 anos. “Saio de um filme do Coutinho com razões para não me desesperar do Brasil. As pessoas que ele filmou continuam por aí, são legião. Ao menos no ‘um-a-um’, que é como ele as registrava, essas personagens mostram reservas comoventes de coragem, perseverança, fragilidade e afeto”, disse João em entrevista ao site do IMS à época.