Chris Pasquallete, Newton Noronha e Luciana Rique; Tuta Marcondes Ferraz, Andrea Carvalho, Guilherme Coelho /Fotos: Wesley Sabino
Paralelamente à ArtRio, a artista plástica Luciana Rique inaugurou a mostra “Sólido Volátil” em seu ateliê, no Leblon, com curadoria de Eder Chiodetto, nesse fim de semana.
Rique inaugura nova fase na carreira, usando técnicas diferentes, além da fotografia (incluindo um poema escrito por ela), com 31 trabalhos dirigidos ao “sólido” e ao “volátil”, segundo ela, uma contradição que inspira reflexão.
“Sólido é meu trabalho; o real, minha história de vida, imagens que crio de traumas e que formam a base onde encontro forças para reagir. Volátil é a transmutação da arte que criei, fazendo-a tornar-se equilibrada — a solidez que me oprime”, diz Luciana.
Um elemento, como a fórmica, por exemplo, é aplicado sobre vidros jateados, que criam jogos de luz e sombra e placas de fórmica cortadas cirurgicamente. “A fotografia passa a ser objeto, o vidro se torna obra, o reflexo e a opacidade revelam como as luzes incidentais moldam nossa percepção do mundo. Luciana expande o uso da fotografia, buscando agora um diálogo das imagens com materiais que criam tensões e distensões, resultando em peças nas quais a leveza, o equilíbrio e um premente estado de fruição sensorial dão a tônica que impulsiona esse desejo de transmutação”, explica Eder Chiodetto.