Os tiros de fuzil que vazaram a blindagem de um Toyota Corolla, nesse domingo (29/09), causando a morte do empresário Manuel Agostinho Rodrigues de Miranda, em Del Castilho, na Zona Norte, acendeu um alerta dos usuários dessa proteção. Segundo fontes, Agostinho, como era conhecido, teria vínculo com os contraventores Bernardo Bello e João de Oliveira Faria, o Joca, no jogo do bicho do Centro e, para a Polícia Civil, o crime pode ter sido motivado por problemas com a contravenção — mais material para os diretores Fellipe Awi e Ricardo Calil, de “Vale o escrito”, série da Globoplay sobre o jogo do bicho.
Os assaltos à mão armada não são uma surpresa na vida no Rio, digamos assim, mas geralmente são usadas armas mais simples do que um fuzil, ainda assim, muitos cariocas estão preocupados.
Existem cinco níveis de blindagem, que podem salvar o motorista até dessas armas mais potentes como fuzis e metralhadoras, mas o nível 1 oferece proteção às armas de calibre 22 a 38; já o 2 tem resistência a pistola de 9 mm e revólver 357 Magnum e, segundo fabricantes, a mais procurada no mercado é a de nível 3-A, contra a disparos de armas de mão, como revólveres 44 Magnum e até submetralhadoras de 9 mm.
A de nível 3 precisa de uma autorização especial do Exército para ser instalada e consegue suportar tiros de fuzis FAL, AR-15 ou AK-47; já a 4 é proibida no Brasil, que garante proteção às armas de uso militar, como granadas e metralhadoras de calibre 12.7 mm.
Uma blindagem pode custar de R$ 40 mil a R$ 90 mil, dependendo do carro e do tipo de blindagem. De acordo com a Abrablin (Associação Brasileira de Blindagem), quase 20 mil carros passaram pelo processo em 2023, recorde no setor, com 1.852 blindagens no Rio (e de janeiro a junho deste ano foram 1.463). Segundo a Abrablin, o número está ligado à sensação de violência – em um ano, o total de veículos roubados no estado teve quase 100% de aumento.
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