Na colagem, o curador Ademar Brito com os colecionadores Mara e Mario Fainziliber; Rafa BQueer e Panmela Castro; e Lula Buarque de Hollanda /Fotos: Gabriel Andrade
A carioca Panmela Castro inaugurou a mostra “Ideias radicais sobre o amor” nesse fim de semana, no Museu de Arte do Rio (MAR), com curadoria de Daniela Labra e assistência curatorial de Maybel Sulamita. Na exposição, totalmente participativa, os convidados se divertiram muito — uma das obras que mais fizeram sucesso foi o grande urso rosa de pelúcia com 4 metros de altura, com fila pra tirar foto, seja abraçando, seja deitando em cima. Outro destaque foi o “Vestido Siamês”, feito em filó rosa, para duas pessoas vestirem ao mesmo tempo (como na imagem acima).
“Em geral, não se pode comer nem beber nas salas expositivas, mas hoje está liberado, então aproveitem o chá e os biscoitos”, disse Panmela logo no início, referindo-se ao “Chá das Cinco”, no qual o público podia tomar um chá de verdade e deixar conselhos embaixo do pires para os próximos visitantes, e “Biscoitos da sorte”, tradicionais biscoitos japoneses, mas com mensagens feministas escritas pela artista, que fizeram tanto sucesso, que tiveram de ser repostos várias vezes.
O público também fez fila para jogar o fliperama “Luta no Museu”, em que os personagens são os artistas Allan Weber, Anarkia Boladona, Elian Almeida, Priscila Rooxo, Vivian Caccuri e Rafa Bqueer, que lutam no MAM, no MAR ou no Parque Lage.
São 17 obras, sendo 10 inéditas, entre performances, fotografias, pinturas, esculturas e vídeos, que exploram questões, por exemplo: afetividade, solidão, visibilidade, empoderamento, autocuidado e memórias. “Acredito que a sociedade não deveria ser pautada na competição, mas, sim, na cooperação, para criar soluções coletivas para o bem de todos. Um exemplo explícito seria a política que hoje é formada por ataques, quando deveria ser um somatório de forças. Se pensássemos no que o amor faria, escolheríamos outras formas de lidar com o mundo”, disse ela à coluna.