Falar sobre meio ambiente é complexo e engloba um amontoado de fatores isolados. Um dos principais, o mais falado nos últimos anos, é a aceleração do aquecimento global, com mais esse recorde: junho foi o mês mais quente já registrado num nível mundial, com uma temperatura média do ar em superfície de 16,66°C, excedendo a média de junho de 1991-2020 em 0,67°C, assim com o recorde anterior, em junho de 2023 em 0,14°C.
A ambientalista brasiliense Izabella Teixeira, formada em Biologia, é um dos principais nomes do país no contexto climático. Ex-ministra do Meio Ambiente (2010 a 2016, durante os governos Lula e Dilma Rousseff), atualmente é copresidente do Painel Internacional de Recursos, plataforma político-científica do Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) e membro do Conselho Administrativo do BNDES. É considerada a melhor negociadora com setores mais hostis ao ambientalismo, como o agronegócio – foi na sua gestão, por exemplo, que o Código Florestal foi aprovado pelo Congresso em 2012. Depois que deixou o governo, passou a ser presença nas principais mesas globais do clima. Em recente jantar, na inauguração da nova sede do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI), na Gávea, muitos estrangeiros convidados, que estavam no Rio participando da Conferência Midterm do T20, iam cumprimentá-la e elogiar seu trabalho.
Ela conhece o RJ profundamente: em 2007, foi subsecretária estadual do Ambiente, durante o governo de Sérgio Cabral.
Izabella vive entre aeroportos, como consultora e palestrante. Em 2012, foi nomeada pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para o Painel de Alto Nível de Pessoas Eminentes para a Agenda de Desenvolvimento Pós-2015 (Acordo de Paris).
Nos últimos anos, especialmente durante o governo Jair Bolsonaro, de quem Izabella é crítica ferrenha, o país perdeu espaço nas mesas internacionais de discussão climática, por vários fatores, como a explosão de desmatamento, principal fonte de emissões de gases-estufa, além dos consecutivos anos com desmate crescente junto ao aumento expressivo de queimadas e à exploração comercial de áreas protegidas da Amazônia.
Izabella diz que a mudança climática deixou de ser um tema estritamente ambiental para ser tratada como um assunto de desenvolvimento econômico, inovação tecnológica e geopolítica. Graças à Amazônia e à agricultura, o Brasil tem um papel estratégico na chamada geopolítica do clima.
1 – Todos sabem que a situação climática é emergencial. O que você sente quando pensa no assunto?
A minha percepção é que a situação de hoje é muito mais complexa do que quando nós negociamos em relação ao regime climático global, que chamamos de Convenção de Clima, aprovada na Rio 92. O contexto do século XXI é completamente diferente por três razões: as mudanças climáticas já estão acontecendo; antes, os cenários científicos desenhavam que começariam em 2070, 2080. O que nós estamos vivendo hoje é uma antecipação de cenários de mudança climática, resultados de um aquecimento da temperatura média do Planeta, portanto as medidas que foram tomadas, mesmo com um entendimento em 1992, e depois, no Acordo de Paris (criado em 2015 para que os países diminuíssem as emissões no planeta) sobre a questão da urgência e da emergência climática, que não se definiu. Todas as condições geopolíticas que nos levaram a estabelecer o Acordo de Paris mudaram em apenas 10 anos. A segunda coisa é a frequência dos eventos extremos. A ciência consegue dizer o que pode acontecer, mas não sabe dizer como essas coisas acontecerão dentro de cada evento, qual a intensidade das chuvas, onde ela vai cair, etc. Isso mostra que a mudança do clima colapsou o futuro. Antigamente era mais fácil lidar com as projeções dos cenários; hoje, você não consegue mais desenhar o futuro como a gente desenhava antigamente. Essa instabilidade, associada às condições de natureza, é um fato real. Um terceiro aspecto é que, se, no passado, as emissões e toda a construção do planeta foram fundamentalmente definidas pelas emissões de combustíveis fósseis e sob a responsabilidade dos países desenvolvidos, desde a Revolução Industrial, é importante também observar que, no século XXI, nós temos também uma participação e crescimento de emissões associadas aos países emergentes. E o Brasil, por conta do desmatamento, figura nesse quadro. O Brasil tem 50% de todas as emissões associadas a um carbono ilegal, enquanto todo o resto do mundo luta em torno das emissões para reduzi-las e trocar a tecnologia em todas as unidades econômicas. O G20, o BRICS+, o G7 e outros tantos blocos econômicos do mundo determinam a envergadura política e geopolítica da agenda climática, que hoje está associada ao desenvolvimento, à inovação, à tecnologia, à competitividade, aos novos mercados, à transformação das relações entre países, bilateralmente, trilateralmente, a coletividade de sociedades, porque nós vamos ter que lidar cada vez mais com o risco climático, com uma variável cada vez mais presente. Essa não é uma agenda exclusivamente de cientistas e ambientalistas — é uma agenda que tem outros adultos na sala e esses adultos hoje lidam com a questão financeira, com a questão geopolítica, de economia política e dos interesses nacionais. O tema climático dá uma nova abrangência à cooperação internacional, não mais somente limitada aos estados, aos governos, mas com forte engajamento em responsabilidade do setor privado e da sociedade.
2 – As pessoas fazem filmes de apocalipse desde que o mundo é mundo. Talvez a maioria ainda acredite que aquilo é ficção, mas temos visto tudo na realidade, como no RS, as secas cada vez mais intensas e enchentes devastadoras. Pela sua experiência, vai piorar e por quê?
Não acho que a gente vai conseguir soluções mais estruturadas e permanentes, sem retrocessos, sem um pragmatismo grande, sem uma ciência dedicada e processo de decisão de políticas públicas e de relações de cooperação internacional mais bem instruídas, mais bem informadas, baseadas em informações e dados robustos. O mundo esperava um aumento de temperatura média do Planeta, além de 1,5 graus, somente depois de 2040, 2050, com cenários iniciais em 2060, 70. No entanto, nós já batemos esse ano um grau e meio, que é exatamente o aumento da temperatura média do planeta que a ciência recomenda como sendo o cenário menos disruptivo para as condições de vida que nós conhecemos hoje no Planeta, ou seja, para estarmos menos expostos ao risco climático. Isso mostra que as emissões não pararam, que essa interação de aumento de temperatura com os processos ecológicos e relacionados à natureza ainda não é de todo o nosso domínio, embora os modelos matemáticos e científicos sejam cada vez mais sofisticados, a ciência procura ser cada vez mais precisa, mas a verdade é que todos os países do mundo são expostos, menos ou mais, à mudança do clima e isso já está acontecendo. O Brasil está exposto a secas há mais de 10 anos, ou inundações, ou mesmo tufões, ou furacões, etc. Então, os fenômenos naturais vão ser mais frequentes e, obviamente, isso está associado ao aumento da temperatura do Planeta e ao impacto disso nos processos, entre os biológicos, os ciclos ecológicos, as condições meteorológicas e a estabilidade de vida. Isso é fruto de um aumento de emissões dos países desenvolvidos e também dos países em desenvolvimento, no caso das economias emergentes. Embora você tenha avanços em várias áreas de substituição de energias renováveis, isso não está acontecendo na magnitude que o mundo precisa. Então, da mesma maneira que a China é o país que mais investe em energia solar, é também um país que nos últimos cinco anos continua aumentando as emissões por uso de carvalho. Precisamos interromper essa curva, cair de tal maneira, que a gente possa ter um futuro menos vulnerável às questões climáticas, desenvolver estratégias para, progressivamente, adaptar a autodescarbonização da nossa economia. Por outro lado, você vai ter que trabalhar com a população a capacidade de promover a adaptação e resiliência em regiões onde o Brasil é mais vulnerável.
3 – Você, como foi subsecretária de Meio Ambiente do Rio, deve conhecer todos os problemas do estado/cidade. Dados oficiais mostram que as chuvas, só este ano, já afetaram ao menos 100 mil pessoas. Entra governo, sai governo, as coisas são lentas, e o investimento no meio ambiente é sempre deixado pra depois. Como seria parte da solução para os problemas ambientais na cidade carioca?
Primeiro, o Rio tem que se adequar a essa visão contemporânea de economias verdes e reestruturar a sua indústria, as ambições dos seus municípios, no sentido de como eles vão produzir riqueza a partir das rotas de descarbonização. O segundo aspecto é que o Rio é um estado, uma cidade vulnerável às questões climáticas. E também envolvendo a indústria de petróleo, em que o Rio é um grande produtor e vai experimentar uma estabilização até 2030, depois vai cair e buscar novos caminhos, substituições e isso tem a ver com as rotas de descarbonização, tecnológicas, com os serviços, com a competitividade, com a era de inovação digital tecnológica. É preciso dotar o Rio de contemporaneidade, não só para lidar com o clima, mas também para lidar com o seu desafio de desenvolvimento. O Rio tem ocupações irregulares, populações vivendo em condições de risco de inundações há muito tempo; é preciso um trabalho que vai levar tempo, mas um trabalho com continuidade. O Rio está exposto à poluição, e um dos problemas globais é a combinação perversa entre mudança do clima e poluição. Isso causa impacto na saúde e economia, e os custos de se investir no Rio quando não tem a salvaguarda necessária de proteção ambiental. A minha opinião pessoal é que o governo do Estado tem uma visão muito estreita, inclusive sobre a questão ambiental. O desperdício de água no Rio de Janeiro, o desmatamento, a degradação de parques nacionais, tudo isso dá a poluição, não só pela ausência de saneamento, do lixo, mas também pela criação da indústria. A solução do Paraíba do Sul para a captação de água, até hoje, não tem a solução, e o Rio está totalmente dependente do Guandu, que, se colapsar, não existe plano B. É preciso configurar no Rio uma nova plataforma, uma nova ambição de gestão ambiental, porque o estado sempre teve protagonismo, tem as grandes universidades do país, uma grande capacidade de ter provedores de tecnologia e de inovação. É preciso ter um olhar mais atento desde a saúde pública até a inovação e a questão acadêmica, a favor do seu desenvolvimento e não apequenamento a que ele está exposto, não recentemente, mas já há muito tempo. O Rio precisa entender a oportunidade dessa agenda climática das novas economias, da economia circular, da bioeconomia e traduzir isso numa visão econômica, estratégica, desenvolvimento e crescimento, tendo a natureza como sua aliada. É a cidade mais linda do mundo que a natureza já deu, é um estado lindíssimo, com baías extensas. A sua economia está totalmente fundamentada ainda em indústrias e setores econômicos que precisam sofrer uma grande transformação econômica devido às rotas de descarbonização. Existem coisas superinteressantes, inclusive o conceito de cidade-esponja; a sociedade está muito distante de entender isso como ativo de qualidade de vida. Então, basta olhar e andar pelo Rio e pela Baixada Fluminense e entender a envergadura da degradação ambiental que infelizmente ainda reside no Estado e na Região Metropolitana de uma cidade tão espetacular.
4 – Ainda segundo os estudos, a capital carioca é a cidade mais vulnerável, entre os quase 200 municípios do estado, com a elevação do nível do mar, com as inundações e chuvas, além da perda da biodiversidade. No Rio, o pior dos cenários aponta para uma elevação do mar em 20 cm até meados do século e 48 cm até 2100. Existe como protelar ou até evitar?
A gente não controla a natureza, né? O Rio inovou, tem um centro de alerta espetacular que a prefeitura fez, e acredito ser o único do país. O importante é entender onde estamos e os desafios para onde nós temos que ir. Temos que reconhecer o que foi feito e como aprender com isso e como ser ambicioso com uma visão estratégica de resiliência, de prevenção, assim como saber lidar com as urgências climáticas de uma maneira mais eficiente. Quando acontece um desastre, precisamos saber onde estão os pontos críticos para fazer a prevenção e ter investimentos para adequar as cidades a esses eventos extremos, remover populações de áreas de risco e ter uma pactuação com a sociedade sobre isso. Isso é uma medida de médio a longo prazo, portanto não pode estar à mercê de ciclos eleitorais, políticos que destroem tudo e não dão continuidade. Isso tem que ser um compromisso da sociedade que tem que exigir do eleito entregar aquela meta que está prometida. Se os cariocas não cuidarem, vai ser muito difícil que os outros queiram cuidar. Então, é importante usar os centros de pesquisa que o Rio tem, a excelência da universidade, a excelência científica e trabalhar cada vez mais o cenário. É inteligente pensar o espaço urbano, enfrentar as desigualdades sociais, as desigualdades tecnológicas e conservar e usar melhor os ativos ambientais que o Estado e que a cidade tem.
5 – O que as pessoas, individualmente, podem fazer no dia a dia para ajudar?
Devem evitar qualquer relação sobre negacionismo climático. As pessoas devem se conscientizar de que as questões com a natureza, o processo de relação da humanidade com a natureza está sofrendo alterações e devem se informar, se mobilizar em torno das suas associações, escolas, colégios, entenderem, observarem as fontes de informação, saírem das fake news e se organizarem, procurarem entender, nessas organizações de classe, de bairro, etc., como dialogar com as prefeituras, como demandar informações. Não adianta achar que só acontece com o vizinho. Nós não temos como prever acontecimentos com a precisão necessária, como o que aconteceu no Rio Grande do Sul, que nos mostrou duas coisas: que o problema climático não está ligado somente à Amazônia e que o Brasil é um país vulnerável. É importante entender, por outro lado, que os cidadãos devem exigir a manutenção das instalações públicas que são usadas para prevenção de desastres. Vimos no RS comportas com péssima manutenção, que permitiram a inundação. Nós somos um povo solidário e precisamos ser orientados para agir melhor e entender que o risco climático vai fazer parte da nossa vida daqui pra frente, neste século pelo menos.
6 – Outro fator é o aumento da temperatura no Rio, uma das principais ameaças da intensificação das mudanças climáticas. Como vê as temperaturas na cidade daqui a 10 anos?
O que acontece, por exemplo, se aquecer a 4 graus as águas dos oceanos, vai refletir no continente um aumento de temperatura média de 5,5/6 graus, e isso levaria a gente, por exemplo, a só poder ir à praia durante 30 minutos. Então, o Rio tem que aperfeiçoar os estudos sobre a situação e começar a trabalhar com prevenção, restaurar áreas degradadas, preservar a mata nativa, e parar de destruir parques, manguezais. Vai levar tempo, mas assim você pode mudar o rumo do futuro. É preciso mudar a maneira de pensar e de como usamos a Natureza, como ocupamos os espaços dos nossos ecossistemas, as escolhas que fazemos como consumidores. O Rio precisa se voltar para a contemporaneidade e a discussão da descarbonização, do estado, das cidades e isso precisa de um processo de educação política, dos gestores, mas principalmente da sociedade, que tem que entender que isso não é uma questão do divino, e sim da humanidade, e nós teremos que fazer escolhas muito bem instruídas. Isso é uma agenda de corresponsabilidade, não ambiental, não de um grupo, mas de um país, da sociedade brasileira. Acho que essa é a grande missão que nós devemos estar comprometidos como apaixonados pelo Rio que somos.
7 – Arborização, criação de ilhas de calor, como projetos têm sido criados, jardins para escoação da chuva…. são medidas paliativas ou eficazes? No fim do ano, teremos o G20. Qual a importância do evento na cidade e o que pode trazer em benefícios ambientais?
A reunião do G20 coloca o Rio de novo, no mapa internacional, como uma cidade que está discutindo, que vai ser a reunião dos 20 países mais importantes do mundo. O G20 traz não só a agenda climática como a coisa central do debate, como também a agenda de educação, de pobreza e da fome. Então, o Rio vai ter um encontro de 20 chefes de Estado mais importantes do mundo, e se espera que a sociedade, por intermédio dos vários mecanismos que o G20 oferece, possa dialogar e entender as soluções e as recomendações que vão sair das reuniões, para que a gente possa influenciar políticas públicas e acelerar as soluções em torno de clima. A sociedade brasileira deveria estar muito atenta aos debates que vão acontecer no Rio. Nós estaremos discutindo um futuro melhor, e só muda quem se engajar — quem desconhece a agenda não tem como mudar. Tem como reagir negativamente, por exemplo, achando que isso não é real ou adiando situações que, para mim, devem ser pensadas a partir de hoje. O Brasil precisa trazer o futuro para o presente e discutir.
8 – O que mais te assusta? Por quê?
O que mais me assusta é o desconhecimento dos brasileiros sobre a complexidade do assunto e, no Rio, o distanciamento do setor privado ao debate, além, obviamente, de o setor público no estado ser inexistente e na prefeitura ter um grande engajamento. É preciso ter um alinhamento dessas visões e entender que o Rio tem que se transformar em parte das soluções do Brasil e não parte dos problemas. Me assusta o desconhecimento do nosso papel como um Estado e uma cidade que podem liderar caminhos de solução. Nós estamos precisando viver problemas, eternizar os problemas e adiar soluções tão importantes. Então me assusta quanto ao que se desconhece hoje, na instância política do Rio, a importância dessa agenda. É impressionante a dimensão da ignorância que muitas lideranças políticas do Rio, que são traduzidas no Congresso Nacional, por exemplo, insistem em deslocar o Rio da contemporaneidade. É uma pena isso; também me assusta o fato de que as soluções não serão de curto prazo. Nós vamos viver expostos ao risco climático e não seremos capazes de nos preparar. E, para mim, tem um atraso muito grande no Brasil em tratar disso. Não temos uma visão estratégica bem consolidada para construir uma sociedade sob a visão climática, lamentavelmente.
9 – Como co-Chair do Painel Internacional de Recursos Naturais da ONU Meio Ambiente (IRP/UNEP), o que tem visto?
O Brasil desperdiça, de maneira sem precedentes, a questão da água, do solo, a de minerais estratégicos — precisamos redirecionar esse olhar para as novas economias emergentes. É impressionante que o Brasil trate a economia circular olhando a questão da reciclagem, que é o fim da cadeia, e não usar de forma eficiente os recursos naturais que precisamos ter. O Brasil tem alternativas que poucos países têm, mas ainda não se organizou para ser um país de soluções. Me assusta o quanto nós estamos retardando a adoção de soluções progressivas. A transição não é rápida e serve para preparar a sociedade. Muita gente acredita que transição é empurrar com a barriga e ganhar tempo, mas não, é preparar para a transformação. E isso é muito claro no painel de recursos naturais da ONU, de como o Brasil está distante da agenda – a China, EUA e Europa lideram, e o Brasil, que detém recursos, simplesmente não possui sequer uma política sobre isso desenhada. É uma tristeza o que vejo à distância! Fico impressionada com a resistência de muitos sobre o assunto clima. O Brasil perde muito tempo e é o único país que se boicota. Temos que parar de falar mal do Brasil para trabalhar pelo Brasil.