Foto: Nanah D’Luize
Carlos Cabral, bailarino solista do Theatro Municipal desde 1988, é um dos convidados do “Cello Dance”, no festival internacional “Rio Cello”, que completa 30 anos, com eventos de 9 a 19 de agosto: dança, artes e música de concerto em vários endereços.
No domingo (18/08), no Museu da República, a artista plástica e fotógrafa Nanah d’Luise vai pintar de dourado o corpo de Carlos. Trata-se de uma intervenção do “Cello Tintas”, a vertente das artes, numa performance de dança contemporânea, inspirada no concerto dos músicos Dave Haughey, Thiago Wolf e Mateus Ceccato.
Recentemente, no tradicional Festival dd Joinville, Carlos ganhou o prêmio na categoria 60+ ao lado da bailarina Eliana Favarelli. Em dezembro passado, com carreira de 40 anos, ele sofreu etarismo depois de publicar o vídeo de um ensaio no Instagram, com os seguidores chamando-o de “velho” e que a roupa mais parecia “fralda do que uma roupa de um bailarino clássico”.
Carlos dançou as principais obras do repertório de balé clássico mundial, além das contemporâneas, e trabalhou com grandes nomes, ainda na ativa, como bailarino, professor e coreógrafo. “Etarismo é uma realidade no nosso meio. Não importa se você está em forma: se tiver a expressão de uma vida no rosto, as críticas surgem. Estar maravilhoso aos 60 aninhos não é fácil; por isso, quem está é tão criticado, pois é necessário malhar, comer bem, cortar vícios e fazer aulas todos os dias. É só para guerreiros. As dificuldades do balé no Brasil já foram maiores; só o fato de os homens estarem sendo mais aceitos já é um avanço”, diz ele à coluna.
Ele também contou como manter a saúde: “Não como massas, tirei açúcar. Refrigerantes, jamais! Muitas frutas, verduras, legumes e raízes: inhame, aipim e batata-doce. Água de 3 a 4 litros por dia e aulas diárias de balé com o corpo do Municipal”.
Detalhes sobre o evento e programação completa no @riocellooficial.