Na primeira imagem, Othon Bastos e Marieta Severo, que ficou, assim como a maioria, muito emocionada; na segunda, Othon Bastos com Edwin Luisi e Beth Goulart; na terceira, Othon com a atriz Juliana Medella/Fotos: site Lu Lacerda
Com a entrada em cena de Othon Bastos em “Não me entrego, não”, no Teatro Vanucci, no Shopping da Gávea, a potência do ator de 91 anos em cena é tão incrível que deixa até alguns na plateia desorientados, a ponto de “perder” os primeiros minutos da peça. A voz do artista, a autoridade, o vigor surpreenderam até o diretor Flávio Marinho, que transformou centenas de páginas recebidas de Othon na arte que você vê no palco. Um deleite para a plateia! Marinho quase sempre se senta na última fila, quando sobra uma ou outra cadeira vazia, e parece admirar seu próprio trabalho, de si pra si. Isso, até começar a ouvir e ver a emoção na plateia, como aconteceu com a amiga de ambos, Marieta Severo.
Nesse domingo (16/08), muitos colegas de Bastos estavam lá, além de Marieta, como Beth Goulart, Edwin Luisi, Lilia Cabral, Ricardo Linhares (o autor) — a gente sabe que artista não tem ego, mas sempre melhor em ordem alfabética (rsrsrsrsrs); só faltou o fotógrafo. A atriz Juliana Medella representa a memória do artista em algumas passagens e, ainda, atualiza o significado de assuntos de época na atualidade, chamada por alguns de personagem simbólico, mas fundamental. Com tanto talento em jogo, o espetáculo, que não tem patrocínio, se mantém até o mês de julho, contando com seu boca a boca. Como disse o jornalista e escritor Edney Silvestre: “Othon é baiano, mas é universal”.