Passamos a chamar a pneumologista Margareth Menezes de “a voz da pandemia”, pesquisadora da Fiocruz, membro do grupo de especialistas do Ministério da Saúde. Nesta quarta (19/06), o papa Francisco a chamou, no Vaticano, de “Dottoressa della pandemia” (“médica da pandemia”). “Além de ver o papa, porque eu não queria terminar a viagem sem ver esse homem tão especial, vim tratar do processo de canonização do meu cunhado Dom Luciano Pedro Mendes de Almeida, junto com Biza e Luiz Fernando Mendes de Almeida, sobrinhos do Dom Luciano. Hoje, ele é servo de Deus e tem de passar para beato para virar santo.”
E completa: “Foi um momento de grande emoção estar com o papa, dar o meu livro, sentir sua especialíssima sensibilidade”, completa.
Dom Luciano foi arcebispo de Mariana (MG) de 1988 a 2006, quando morreu, aos 75 anos. Em 2014, o cônego Lauro Sérgio Versiani Barbosa fez o pedido de introdução da Causa de Beatificação e Canonização do Servo de Deus Dom Luciano depois de recolher as mais de seis mil páginas da documentação sobre sua santidade”, diz Margareth.
Margareth participou da audiência geral das quartas, na Praça São Pedro, junto a pessoas do mundo inteiro. Ali, entregou seu livro “Um tempo para não esquecer: A visão da ciência no enfrentamento da pandemia do coronavírus e o futuro da saúde” ao pontífice. Na Itália, a médica foi recebida por Everton Vargas, embaixador da Santa Sé.
Margareth faz parte da lista de peritos da OMS, a única brasileira a fazer parte do comitê de uma lista de 18, de diversos países do mundo, que fornecem recomendações à OMS para a aprovação de fármacos na Lista de Medicamentos Essenciais. Ela está no grupo desde 2015, quando foi relatora da incorporação do novo esquema de tratamento da tuberculose.