Foto: Bia Hetzel/Projeto Ilhas do Rio
Todo ano, no Rio, acontece a temporada de monitoramento das baleias. A primeira que surgiu na ilha Redonda, a mais distante do arquipélago das Cagarras, foi chamada de Claraboia pela fotógrafa Bia Hetzel, integrante do Projeto Ilhas do Rio. “Batizei-a assim porque era uma jovem de cauda branca que estava tentando repousar no remanso das águas protegidas do vento e ficando bastante boiada, descansando, o tempo todo sendo vigiada pelas fragatas que têm na Redonda, um dos maiores ninhais do Brasil”, diz ela.
O dia exato, os biólogos do projeto não contam porque já aconteceu de eles postarem fotos e vídeos (como nessa segunda, 03/06), os barqueiros reconhecerem o local e saírem todos ao mesmo tempo, podendo atropelar filhotes de baleia ou atrapalhar o trajeto natural dos animais.
Duas baleias foram vistas na última semana no mar da praia de Itaipu, Niterói. A novidade, porém, é que o monitoramento do projeto começou, e algumas já foram identificadas pela bióloga Liliane Lodi, conhecida como a “mulher-baleia”, coordenadora científica do projeto Ilhas do Rio, que monitora o corredor migratório há mais de 10 anos, na região Mona Cagarras e região. Geralmente elas são identificadas pela caudas, através do formato e padrões de manchas, linhas e listras, facilitando o rastreamento ao longo do tempo.
Os primeiros registros da chegada ao corredor migratório no Sudeste aconteceram em meados de abril, no litoral norte de São Paulo, entre Ubatuba, Ilhabela e São Sebastião, segundo o Projeto Baleia Jubarte. A temporada promete ser extensa e movimentada.
A partir desta quarta (05/06), o Baleia Jubarte inaugura a mostra “Baleias Cariocas“, no AquaRio, comemorando o Dia Mundial do Meio Ambiente e abrindo oficialmente a temporada de baleias no Estado, com imagens de Bia Hetzel, Custódio Coimbra, Enrico Marcovaldi, Marco Terranova e as aéreas de Eduardo Melo.
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