O Hotel Central existiu na Praia do Flamengo, entre os anos 1915 a 1951, bem na esquina com a Rua Barão do Flamengo. Tinha seis andares, elevadores e 124 cômodos dotados de banheiros com água quente e telefone. Os terraços eram mobiliados, com vista para a Baía de Guanabara. Oferecia à sua seleta clientela um excelente serviço, restaurante e um ginásio com trapézios para exercícios. Destaca-se, aí, a sua cúpula, que podia ser vista em todo o bairro.
Por estar localizado em frente à praia do Flamengo, onde havia uma curta faixa de areia, o hotel oferecia vestiários na orla e pacotes que incluíam as refeições, sem a necessidade de hospedagem, em uma época em que os “banhos de mar” começavam a ficar na moda. Com a crescente poluição da Baía de Guanabara e a mudança do público para a vizinha Copacabana e, posteriormente, Ipanema, o Hotel Central foi se esvaziando, até encerrar suas atividades, em 1950, sendo demolido no ano seguinte. A especulação imobiliária colaborou também para a sua demolição.
Em seu lugar, foi construído, na década de 1950, o Edifício Conde de Nassau. O prédio é um exemplar da arquitetura moderna carioca, com 12 andares, 2 blocos, 3 colunas e 148 apartamentos de 2 e 3 quartos. O edifício dispõe de 100 vagas de garagem e pilotis livres para a circulação de moradores.
Ao lado da porta de entrada, no número 4 da Rua Barão do Flamengo, a Prefeitura do Rio de Janeiro colocou uma placa azul do Patrimônio Cultural Carioca, indicando que o Edifício Conde de Nassau faz parte do Circuito do Rádio graças ao cantor Jerry Adriani (1947-2017), ídolo da Jovem Guarda, que morou nesse endereço.