Euforia de réveillon com saldo de carnaval. Dias como outros quaisquer da alta temporada na cidade, só que estamos na baixa: hotéis abarrotados, ônibus enfileirados com multidões se espremendo a caminho do mar (ou do bar),dancinha coreografada nas esquinas, ambulantes cercados de apetrechos e um céu colorido na virada da noite. Desde que Madonna chegou, a cidade entrou numa onda turbinada de empolgação e nunca mais parou. A capital cultural do Brasil é aqui; “o dinheiro pode não estar, mas a repercussão sim”, me disse Marcelo Calero, secretário municipal de Cultura. A diva pop causou alvoroço que só vai passar depois que ela passar. Será? Até lá, como postou minha querida amiga e mestra Luciana Fróes, na tentativa de reconstituir os passos de Madonna por aqui, vamos continuar “morrendo na praia”, a não ser que sigamos a cartilha do bastidor para não deixar de falar na autora de Like a Prayer. Um bom começo é anunciar as atrações do cardápio da área VIP do show, onde oito mil afortunados de felicidade terão a chance de estar mais próximos da rainha do pop.
Serão 10 toneladas de insumos e uma estação de 72 metros. Assim vai se apresentar o buffet Rappanui Gastronomia, dos chefs e sócios Margareth Rocha e Ricardo Pires, com mais de duas décadas de trajetória no CV, servindo diversas opções de entradas, saladas, massas, sanduíches e paella mineira, além do serviço volante, com salgadinhos de festa. Serão 280 profissionais, entre cozinheiros, garçons, maitres, coordenadores, ajudantes de cozinha, chefes e subchefes de cozinha, nutricionistas, profissionais de logística, além de serviços terceirizados, tudo para garantir a segurança alimentar dentro de todas as normas obrigatórias pela Anvisa.
Mas o que a Madonna, leonina de 65 anos, anda comendo por aqui? É a pergunta de um milhão de dólares, depois que confirmamos a única investida da cantora fora do quarto: um jantar no asiático Mee (beleza, em coreano), no Copa (1 estrela Michelin). Quem toca a casa é o chef Alberto Morisawa, que serve por lá seu omakase de 16 tempos a R$ 560, incluindo iguarias como o atum bluefin, o mais caro (e mais saboroso) dos mares.
O pouco que ainda se sabe (os jornalistas que cobrem gastronomia estão empenhados na luta por notícias) é que um de seus segredos é seguir a dieta macrobiótica.
De acordo com a “Women’s Health” australliana, o plano alimentar de Madonna é principalmente vegetariano com alguns elementos veganos, junto com exercícios e meditação correspondentes.
A dieta foi inventada no Japão há mais ou menos 20 anos, com 50% de sua alimentação de grãos integrais, incluindo aveia em flocos, arroz integral, pão integral e macarrão. Outra parte inclui frutas e vegetais, além de feijão, com quantidades limitadas de carne e peixe. Substâncias como o açúcar estão proibidas. Cafeína, álcool e produtos processados também.
Mas como ela mantém um desempenho de alto nível?
“Comendo carboidratos complexos – arroz integral, feijão e aveia – para uma liberação lenta de energia, mas sem pão e macarrão para não perder energia. Sem esses alimentos que aumentam o açúcar no sangue em sua dieta, ela será uma queimadora de gordura muito eficaz e terá pouca gordura corporal armazenada”, respondeu sua nutricionista ao tablóide “The Sun”.
Ela também prioriza proteínas, de acordo com a mesma publicação, o que mantém sua massa muscular magra, e come peixe, que contém ácidos graxos ômega-3.
Para o preparo dos alimentos somente itens de aço inoxidável, cerâmica, madeira e vidro, sendo proibido qualquer coisa que envolva micro-ondas e eletricidade. Errada ela não está!
O benefício físico da dieta? Muitas fibras e antioxidantes que combatem doenças. O bastante para sabermos o que mais interessa faltando 72 horas para o show: Madonna vai estar em ótima forma no sábado.