Geralmente, o 1746, da Prefeitura, é campeão nas reclamações sobre barulho e perturbação do sossego. Agora, porém, moradores da Glória pedem o cumprimento da lei para redução de luminosidade de um painel de propaganda no topo do prédio GloriaMar.
Os painéis, que mais parecem auroras boreais, não são reclamação exclusiva da Glória: casos do tipo já aconteceram na Tijuca e Barra, mas não são comuns.
De acordo com um levantamento feito pelo “Informe Gloriano”, criado por moradores, a autorização para o painel foi concedida (processo 04/150.613/2023). No entanto, há uma questão de cumprimento da lei que tem gerado reclamações — a brecha é de uma Lei Complementar 269/2003, que, em seu artigo 20, diz que os painéis eletrônicos devem reduzir a luminosidade em, no máximo, 10% da capacidade no período das 20h às 6h. Contudo, segundo a percepção dos moradores, isso não está acontecendo, pois muitos estão incomodados com o clarão constante noite afora.
A cineasta Paula Fiuza falou à coluna sobre os estragos da luz de led para a saúde. “De Harvard ao Indian Institute of Science, diversos estudos têm demonstrado que exposição à luz excessiva de LEDs brancas, especialmente à noite, desregula o funcionamento do organismo humano, inibe a produção de melatonina e causa insônia, depressão, ansiedade e outras doenças, que vão da catarata ao câncer. E ainda desorienta fauna e flora, alterando os ciclos naturais e reprodutivos de ambas. A American Medical Association já alertou que as LEDs brancas afetam a saúde humana e a OMS, idem”.