Mais um dia artístico aconteceu na Gávea, digamos assim: a inauguração de duas mostras na Danielian Galeria, nessa terça (28/05) – “Fragmentos de uma pintura amorosa”, com 35 obras recentes do artista Chico Cunha, e “Carnação”, com mais 35 da artista ítalo-brasileira Pietrina Checcacci.
Chico, entre os destacados da “Geração 80” e professor da EAV desde 2002, está na casa principal da galeria, com curadoria de Marcus de Lontra Costa e Rafael Fortes Peixoto. “Chico coloca na tela vários fragmentos que ele capta da história da arte, do imaginário cultural brasileiro e de suas próprias memórias, em uma provocação contemporânea sobre a força e o papel da imagem”, explica Rafael.
Os mesmos curadores reuniram o trabalho de Pietrina, principalmente de 2005 até agora, com inéditos, além de esculturas feitas nos anos 1970, 80 e 90. O corpo feminino é o principal assunto de seu trabalho desde os anos 1970, “quando, em meio à tortura ou ao exílio, o corpo representava o primeiro espaço de manifestação política”, explicam Marcus e Rafael.
Perto de completar 83 anos, Pietrina, que migrou aos 13 para o Rio, ganha uma dupla homenagem: além da mostra da Danielian, será aberta “Pietrina Checcacci: táticas do corpo”, em 4 de junho, na galeria Galatea, em São Paulo.