Em 2024, o Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos foi declarado patrimônio cultural do Rio de Janeiro. A origem desse lugar, na Gamboa, tão importante para o Brasil, aconteceu com a descoberta do sítio arqueológico Cemitério dos Pretos Novos, pela família Guimarães dos Anjos, em 1996. O IPN foi fundado em 2005, com o objetivo de preservar a história guardada no antigo cemitério que existia nesse solo e contar parte da história dos escravizados que chegaram ao Rio.
O Museu Memorial foi inaugurado em 2022, com uma exposição permanente de objetos, imagens e de uma linha do tempo sobre os cativos que chegaram ao Brasil. Muitos não resistiram aos maus-tratos da viagem África-Rio de Janeiro e morreram nos navios ou logo após o desembarque. Os corpos eram enterrados onde hoje é o Museu. Em partes envidraçadas do piso, é possível ver fragmentos de restos mortais de africanos recém-chegados. A expressão “Pretos Novos” era usada para designar os africanos que tinham pouco tempo de Rio de Janeiro.
O IPN faz parte do Circuito Histórico e Arqueológico da Celebração da Herança Africana para valorizar locais marcantes da cultura afro-brasileira junto com o Cais do Valongo/Cais da Imperatriz, Jardim Suspenso do Valongo, Pedra do Sal, Largo do Depósito e o Centro Cultural José Bonifácio. O circuito é importantíssimo para todos que moram e visitam o Rio.
Além do museu, o IPN oferece cursos, oficinas e eventos gratuitos (tours pelos pontos citados anteriormente, por exemplo). No link da bio do IPN no Instagram, estão os próximos eventos. O espaço fica na Rua Pedro Ernesto, 32/34, na Gamboa. Abre de terça a sexta, das 10h às 16h, e sábado, das 10h às 13h.