Começou, nesta quinta (25/04), a obra de dragagem das lagoas de Jacarepaguá e Barra; nesta sexta (26/04), às 10h, vai ter evento sobre os detalhes, com a presença do governador Cláudio Castro, do secretário de Ambiente e Sustentabilidade Bernardo Rossi, do presidente do Inea, Renato Jordão, e do CEO da Iguá, Roberto Barbuti, atrás do condomínio Vila do Pan (Av. Cláudio Besserman Vianna).
O biólogo Mario Moscatelli, colaborador da coluna, que empenhou muita energia nessa história, comemora: “São 32 anos de espera, de cobranças, denúncias, ameaças, processos, decepções e, no final, vencemos, pois não há mal que dure para sempre. Mais um passo em direção ao resgate do maior passivo econômico e ambiental do Rio. Muito caminho pela frente, mas a montanha se mexeu e saiu da inércia. O local tem um potencial ecoturístico gigantesco e estava apenas aguardando a melhora das condições ambientais. Se souber gerenciar o que há de melhor na região, o sucesso será garantido e, com ele, muitos empregos e mais sustentabilidade”.
A proposta da concessionária Iguá é retirar lagos de esgoto nos próximos três anos (o equivalente a 970 piscinas olímpicas), para facilitar a renovação das águas e o fluxo de passageiros nas hidrovias, com investimento de R$ 250 milhões, incluindo a recuperação de mangue e retirada de lixo do espelho d’água (200 toneladas).
Mario também é coordenador do projeto “Manguezal da Lagoa”, na lagoa Rodrigo de Freitas, que trouxe a fauna e flora à região, em parceria com a concessionária Águas do Rio. “Há 32 anos, iniciei, com o apoio de uma ONG local, a recuperação das margens da lagoa de Marapendi e monitoramento dos problemas ambientais do sistema lagunar. De lá pra cá, depois de muitas promessas não cumpridas e eventos megalomaníacos, junto da iniciativa privada fui recuperando inúmeros trechos e denunciando os delinquentes ambientais. O resultado final dependerá de todos nós, pois não existe, no tema ambiental, salvador da pátria tampouco enviados por Deus. Há muito trabalho”, finaliza o biólogo.