O premiado chef pâtissier francês Dominique Guerin está por trás dos ovos de Páscoa da rede Zona Sul. Na Le Cordon Bleu, eles vêm pela metade (um modismo), assinados pelo head-chef da escola, Philippe Brye. Em comum? Ambos são recheados com pistache, a fruta nativa da Ásia Central, que foi altamente introduzida no Oriente Médio, como fonte de gordura saudável.
Essa é uma das tendências em alta no mundo dos ovos de Páscoa de grife. Um outro fator: a Callebaut se mantém no topo. A despeito da alta do preço do cacau, a gigante suíça de produção de chocolates mantém estáveis as vendas de chocolates, muitos deles ainda disponíveis para venda.
Coelhinho da Páscoa, que cor eles têm? Azul, amarelo, vermelho e sabores incríveis também! Provamos e indicamos alguns (em ordem alfabética) para quem ainda não se aventurou e está disposto a gastar:
Almadoré: ele vem de Niterói, já foi premiado aqui no Brasil e na Inglaterra. O chocolate tem o selo bean to bar (da castanha à barra), quando o produtor acompanha todo o processo desde a amêndoa de cacau especial até a barra. O fruto é cultivado em meio à Mata Atlântica no sul da Bahia. A embalagem, zero plástico, feita de celulose, retorna à natureza em até 180 dias (em composteiras). Um dos ovos leva chocolate ao leite 50%, da Fazenda Santa Rita, em Ilhéus (BA), vencedor da medalha de prata no Prêmio Bean to Bar Brasil 2020 e bronze no Academy of Chocolate Awards 2021 (R$ 129 o de 350g / R$ 149 o de 400g).
Bites: famosa pelos cookies, agora ganhou uma versão ovo (R$ 165; 500g). A chef pâtisserie Thaís Lucchetti criou uma versão vegana, preparada com massa de cacau e assada em formato de ovo de Páscoa. Para ficar ainda melhor, um banho de chocolate meio amargo traz a textura crocante a cada mordida, completa pelo sabor e a maciez do cookie na parte interna. Outro hit é o ovo Caramelo (R$ 245; 400g), com uma casca de chocolate branco caramelizado.
Dengo: a marca quer encantar e lançou a campanha “Viver com muito gosto”, oferecendo a brasilidade como presente. Entenda por isso os ovos da linha Quebra-Quebra (provei o caramelizado com nibs e flor de sal), além do Ovo Experiência Amazônica, produzido com cacau cultivado por mulheres na região de Medicilândia, no Pará. O detalhe? Você pode reutilizar o tecido do seu ovo de Páscoa de muitas formas: como jogo americano, lenço de cabelo, decoração da casa, moldura como um quadro (R$ 129,90).
Éclair Cafeteria e Bistrô: a chef Millena Sá elaborou versões dos ovos de chocolate, um deles com caramelo, flor de sal e amêndoas tostadas (R$ 252; 450g).
Kopenhagen: produtos zero adição de açúcares e com opções sem glúten, sem lactose e para veganos. A marca do grupo Goldko, da Kopenhagen, tem ovos com raspas de coco (consistentes) para mastigar (R$ 159,90; 400g).
Le Cordon Bleu: de Callebaut, os ovos chegam pela metade, cobertos de bombons. Delicado, o chocolate ao leite com ganache de chocolate branco e pistache (R$ 140; 400g).
Lugano: uma verdadeira expedição de Páscoa que a marca de Gramado vem promovendo Brasil afora, com ovo que explode na boca; o outro com confetes coloridos; uma caixinha com balas de goma cobertas com chocolate. E o de maior sucesso: ovos pintados à mão com tintas naturais mais saudáveis de carmim e urucum. Uma experiência sensorial completa. Em 47 anos no mercado, a Lugano tem uma campanha de Páscoa em todas as capitais brasileiras. O nome, atenção, é inspirado numa cidade suíça que fica na fronteira com a Itália (R$ 64 a R$ 94).
Zona Sul: chama a atenção o formato de cacau, um deles amargo e branco (300g), recheado com tabletes de chocolate Ruby Callebaut: passas e mirtilos secos ou pistache, passas brancas e crocante (R$ 79,90).
Da Thabata: é de comer com os olhos primeiro antes de avançar no ovo trufado Callebaut 70% de cacau para comer de colher (recheado torta de cenoura) ou então a Tarta Trufada (R$ 174, seis fatias), além de outras maravilhas da loja famosa pela torta basca (a cheesecake espanhola), tradicional do País Basco, mas totalmente artesanal. No caso do ovo, a calda é delicada e vem ainda splitz de chocolate Callebaut 70%, uma medalha dourada em formato de coelho e uma linda fita dourada, para seu chocolate ter cara de presente. Bem elegante.
Ferrero Rocher: a marca italiana de chocolates vem com todo requinte para a festa. Me chamou atenção a versão dark (R$ 59,99), no formato caixa. Quase aveludado na boca, uma marca da Ferrero.
Kinder: a linha de ovos licenciados da Ferrero lançou “MInions” (R$ 69) e “Miraculous” (R$ 89), não precisa nem dizer que a graça é o brinquedo, né?! Sucesso com as crianças e com chocolate bom.
Tebas Confeitaria: de chocolate meio amargo, recheado com caramelo de cupuaçu e finalizado com castanha de caju caramelizada, por fora do ovo, que é pintado a mão com manteiga de cacau. Encanta pela beleza, mérito do confeiteiro Wendel Tebas, ex-aluno de Gastronomia do Preto Gourmet, na UFRJ (R$ 110; 400g).