O artista carioca Allan Weber, 31 anos, representado pela Galatea, fez sua estreia em SP, no Instituto de Arquitetos do Brasil, com a individual “Allan Weber: Novo Balanço”, nesse fim de semana. Com texto crítico de Jean Carlos Azuos, o artista ocupa os dois andares do mezanino, com desdobramentos de sua pesquisa sobre as lonas usadas em bailes funks do Rio, além de uma nova instalação da série “Passinhos” e um conjunto de obras inéditas.
“Se, por um lado, a história contemporânea brasileira condiciona periferias como espaços de violências, ausências e outras considerações absurdas, Weber, nascido e criado na favela 5 Bocas, no Rio, segue sacudindo esse panorama, na capilaridade de enxergar nesses espaços os conceitos, as manufaturas, seus códigos e tecnologias, perspectivas estas que incidem esteticamente no pensamento e na plasticidade de sua produção”, escreveu Jean Carlos.
O interesse de Alan pela arte começou com a pichação e a fotografia. Em 2020, na pandemia, trabalhou como motoboy, o que motivou a série “Tamo junto não é gorjeta”, feita durante a pandemia; no ano seguinte, fez o curso Formação e Deformação, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, e abriu a galeria 5 Bocas, no mesmo bairro onde mora.