Depois que o espanhol Carlos Alcaraz deixou o Rio Open com uma lesão no pé, os olhos da torcida focaram no carioca João Fonseca, 17 anos, que estreou nessa quarta (21/02), com uma atuação de alto nível, e mais ainda, nesta quinta (22/02), acordou sem ter queixas da vida: exaltado em inúmeras manchetes.
Na plateia, tem chamado atenção, desde o início da semana, um grupo pequeno de assistentes usando camiseta listrada com as cores verde e amarelo. Eles tomam as arquibancadas da Quadra Guga Kuerten no Jockey, animando o público silencioso; alguns até chegam a participar, mas a maioria olha torto, para torcer pelos poucos brasileiros no saibro.
Esse grupo faz parte do “Movimento Verde Amarelo”, que existe desde 2008 e sempre teve forte atuação no futebol, apoiando as seleções feminina e masculina, mas, “de uns anos para cá, especialmente depois dos Jogos Olímpicos Rio 2016, a torcida por todos os esportes cresceu e se espalhou por todo o Brasil”, conta Alexandre Castello Branco, profissional de marketing responsável pela comunicação do grupo.
A representatividade no torneio de tênis foi tímida, mas barulhenta. E funcionou: em três dias de torneio, os brasileiros já quebraram alguns recordes como o já citado João, que vai subir 218 posições no ranking mundial – do 655º lugar para o 437º, ultrapassando, por exemplo, Rafael Nadal, atual 652º colocado, por ter ficado quase um ano afastado das quadras -, além de Thiago Monteiro, Felipe Meligeni e Thiago Wild.